Após intervenção, Secretário de Segurança do RJ pede exoneração

Cerca de quatro horas depois de o presidente Michel Temer (MDB) assinar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o secretário de Segurança estadual, Roberto Sá, apresentou à Casa Civil e Desenvolvimento Econômico do governo de Luiz Fernando Pezão (MDB) seu pedido de exoneração do cargo. A informação foi divulgada na conta da Secretaria no Twitter.

Até o momento, a gestão Pezão ainda não se manifestou sobre o pedido de Sá, que ocupa o cargo desde outubro de 2016, depois da saída do ex-secretário José Mariano Beltrame da pasta.

O secretário já havia declarado hoje, em entrevista ao telejornal RJTV 1ª Edição, da TV Globo, que entregaria o cargo. “Fui o criador do RAS (Regime Adicional de Serviço), do sistema de metas, das RISP (Regiões Integradas de Segurança Pública) e um dos precursores das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Só que acabou o dinheiro e a gente continuou até porque o Rio merecia. Essa necessidade de, no momento mais crítico da história do país e do Rio de Janeiro financeiramente, evitar o mal maior, o que foi evitado: greves foram evitadas, caos maiores foram evitados, para agora poder fazer uma transição e passar para um momento de melhora”, afirmou Roberto Sá.

Na semana que antecedeu o Carnaval, quando tiroteios entre bandidos e policiais e entre facções criminosas paralisaram vias expressas importantes do Rio, como as linhas Amarela e Vermelha e a Avenida Brasil, Pezão e Sá deram declarações contraditórias sobre o Plano Integrado de Segurança, que uniria esforços federais e estaduais contra o crime organizado.

O documento havia sido anunciado em julho para entrar em ação “em breve”. Sete meses depois, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, agendou o lançamento para o dia 5 de fevereiro. Na terça-feira, 6, o governador desmentiu o ministro, afirmando que ainda não tivera tempo de ler o documento, e em seguida foi desmentido pelo secretário da Segurança, segundo o qual a ação já estaria em curso, informalmente. Durante o Carnaval, a capital fluminense viveu uma onda de violência.

Fonte: veja

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