O voto da ministra Rosa Weber será decisivo no julgamento desta quinta (22) do habeas corpus preventivo de Lula.
A sentença do Supremo será particular. Dirá respeito apenas a Lula. Portanto, não gerará jurisprudência. O que significa dizer que quem for favorável ao HC terá que arcar com o desgaste de dar liberdade a um ex-presidente condenado por lavagem de dinheiro e corrupção.
E, aí, a pressão da opinião pública pode falar mais alto do que o entendimento da lei.
Em 5 de outubro de 2016, Rosa Weber, Dias Tofolli, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski votaram contra a autorização para que o condenado em segunda instância possa ser preso.
Com a bandeada de Gilmar Mendes para o grupo dos que são contra a prisão, o jogo poderia ficar 6 a 5 a favor de Lula, mas Rosa Weber também pode mudar de lado. Nos últimos meses, ela tem se alinhado em quase todas as votações com a ala mais “punitiva” da Corte, formada por Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Alexandre de Moraes, embora mais independente, também deve ser contra o HC.
Em resumo: o voto de Rosa Weber é uma incógnita, e no Supremo, como se viu, hoje, tudo pode acontecer.
Fonte : R7