Waldir Maranhão recua e pede mais tempo para decidir se renuncia Presidência

1_20151220152717246962u-278560O presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), recuou da decisão tomada mais cedo de renunciar o cargo na tarde desta quarta-feira 11, e pediu mais tempo para refletir sobre a possibilidade de deixar a função. Pelo acordo feito com o PP e líderes partidários, ele teria até a amanhã para apresentar definição sobre o caso, mas havia antecipado para hoje, tendo decidido que renunciaria.
A nova mudança no curriculum de Maranhão foi tomada após forte repercussão negativa da revelação feita pelo jornal O Estado de S.Paulo, de que o presidente interino da Câmara embolsou quase R$ 370 mil como professor fantasma na Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Como mais da metade desse dinheiro recebido de forma criminosa foi durante o primeiro ano de mandato do governador Flávio Dino (PCdoB), a oferta feita ao deputado do PP de comandar uma pasta no primeiro escalão comunista acabou não sendo mais confirmada.
Com medo de ser abandonado pelo mentor de seu voto contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e da acrobacia inusitada de anular a votação que autorizou a abertura do processo de afastamento da petista, Maranhão decidiu então surpreender a todos novamente, e pediu mais tempo para refletir.
Apesar da preocupação com a indefinição de Maranhão, o pedido recebeu a benevolência do presidente de seu partido, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que abriu novo prazo, de até o próximo domingo 15, para que o presidente interino da Câmara responda se renunciará ou não o comando da Casa. Contudo, o presidente nacional do PP avisou que, após esse prazo, dará prosseguimento ao pedido de expulsão do deputado já protocolado por outros parlamentares.
O prazo de Ciro Nogueira, vale lembrar, está restrito apenas à questão partidária. A bancada da legenda na Câmara junto com a Mesa Diretora e outros líderes partidários mantêm o prazo acordado para Waldir Maranhão dar a resposta sobre a renúncia para esta quinta-feira 12, caso contrário, será mantida a representação por quebra de decoro parlamentar protocolada contra ele pelo DEM e PSD.
Mesmo que decida por permanecer na presidente da Câmara, um projeto de resolução apresentado hoje pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP) deve declarar a vacância do cargo. Se aprovada, a proposta abre caminho para uma nova eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados.

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