Governo incentiva a criação do Conselho do Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís

Técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), realizaram, de 19 a 22/03, mobilização nos municípios de Cururupu e Apicum-Açu para criação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís (PEMPML). Eles se reuniram com prefeitos e secretários municipais de Articulação Política, Meio Ambiente e Pesca. Entre as atividades, a apresentação do parcel e da proposta ao Conselho Deliberativo da Resex de Cururupu.

 

“Com a mobilização nesses municípios para criação do Conselho Consultivo do PEMPML, o Governo do Estado, por meio da Sema, cumpre com sua responsabilidade de gestora da unidade. A criação do Conselho Gestor fortalecerá os mecanismos de proteção ambiental e garantirá a eficiência da gestão da área”, informou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Marcelo Coelho.

 

Após a criação do Conselho Gestor ocorrerão reuniões periódicas para alinhar o entendimento sobre a importância da gestão participativa e sobre o papel do conselheiro, além de preparar a sociedade para as discussões sobre ações futuras de manejo para a unidade.

 

Parcel de Manuel Luís

Criado em junho de 1991, o Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís, pertencente ao município de Cururupu, localiza-se a cerca de 50 milhas náuticas da Ilha de Lençóis. É uma Unidade de Conservação Estadual pertencente à categoria de proteção integral, não sendo permitido o uso direto dos seus recursos. Possui uma rica biodiversidade e é um dos maiores bancos de corais da América do Sul, com área de 45.937,9 hectares.

 

O nome Parcel foi escolhido em homenagem ao pescador Manuel Luís, descobridor da formação rochosa, no final do século XIX. Em 1991, foi transformada no primeiro Parque Estadual Marinho do Brasil, despertando permanente interesse de pesquisadores de sua fauna, flora e naufrágios.

 

É conhecido como o triângulo das bermudas brasileiro, devido à dificuldade de acesso, à distância da costa e às fortes correntes marítimas no local, representando neste contexto por muito tempo uma ameaça à navegação. Tornou-se um dos maiores cemitérios de embarcações do mundo, com um número considerável de naufrágios, entre estes caravelas e navios de casco de ferro.

 

O conjunto de formações rochosas, com inúmeros labirintos submersos, mais os destroços das embarcações acabou tornando-se abrigo para diversas espécies marinhas, como cações-lixa, barracudas prateadas, o raro mero Epinephelus itajara (maior peixe de profundidade da nossa costa), os exóticos peixe-morcego e peixe-papagaio, o sargentinho e o peixe-borboleta, além de transformar o local num paraíso para mergulho, merecedor da classificação zona úmida de importância internacional ou Sítio Ramsar, no ano 2000.

 

Além do Parcel de Manuel Luís, o Maranhão possui mais duas Áreas Úmidas com esta classificação, a Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses e a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, fazendo do Estado a maior representação brasileira no citado tratado internacional.

 

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