Ribamar: Protestos, desvalorização dos servidores e falta de prestação de serviços marcam os 100 dias da gestão Luis Fernando

Na Estrada de Panaquatira, onde reside, Luis Fernando realizou tapa buraco com asfalto. Nas vias da periferia utilizou barro.

O prefeito Luis Fernando Silva (PSDB) completou, na semana passada, 100 dias à frente do comando do município de São José de Ribamar.

E o saldo contabilizado pelo tucano é o pior possível. Protestos de servidores; precariedade na execução dos serviços; desorganização administrativa; e total desvalorização dos moradores em detrimento de funcionários “importados” são as marcas registradas neste primeiro trimestre na cidade do santo padroeiro do Maranhão.

Nas ruas, redes sociais e grupos de mensagem do município, o terceiro maior do estado em número de habitantes, as reclamações dos ribamarenses são inúmeras e revelam um sentimento de total insatisfação contra o prefeito.

Luis Fernando recebeu um município saneado financeiramente, com os servidores recebendo seus proventos rigorosamente em dia e com obras em andamento. Somente em janeiro, a prefeitura ribamarense recebeu em transferências mais de R$ 12 milhões.

Guardas Municipais mostram cartazes e cobram direitos retirados pelo prefeito de Ribamar.

Ainda em dezembro, o tucano fez com que a Câmara de Vereadores aprovasse projeto de lei que aumentou para R$ 25 mil o seu salário – um dos maiores do Brasil.

Na manhã do dia 1º de janeiro, o primeiro ato do prefeito foi realizar, com dispensa de licitação, uma operação tapa buraco na Estrada de Panaquatira, via que dá acesso a sua casa.

Porém, os demais bairros, principalmente os localizados nas regiões mais pobres, continuam abandonados. Em algumas vias a prefeitura realizou trabalhos porcos utilizando barro e pedras.

Resultado: somente este mês, duas manifestações de moradores, dos bairros Jardim Turu e Jardim Tropical, foram realizadas cobrando do tucano o que ele prometeu na campanha do ano passado.

Em menos de dois meses, servidores municipais, dentre eles funcionários concursados do setor da saúde e Guardas Municipais, foram as ruas e protestaram contra a política de corte salarial implantada em janeiro.

Os setores da saúde e educação, que receberam fortes investimentos nos últimos seis anos, estão abandonados. Unidades Básicas de Saúde estão sem médicos, sem medicamentos e suas infraestruturas não estão recebendo  serviços básicos de manutenção.

Mais de 30 laboratórios de informática, que estavam operando plenamente até o ano passado, foram desativados pela prefeitura, que até agora não deu nenhuma explicação aos alunos e seus pais.

Paralelo à política de desvalorização salarial dos servidores da cidade, Luis Fernando continua recebendo fortes críticas relacionadas à “importação” de funcionários.

Seu quadro de secretários, por exemplo, é composto na sua quase totalidade por profissionais de outras cidades, como São Luís e Imperatriz.

Os ribamarenses que tiveram a oportunidade de trabalhar na administração foram renegados ao segundo e terceiro escalões recebendo um salário mínimo.

A classe política também não anda nada satisfeita com a gestão do tucano, que não dialoga com ninguém e prefere atuar de maneira opressiva, no melhor estilo “Tudo Posso”.

Prova disso é de que um grupo formado por sete vereadores já se organiza para lançar um bloco independente na Câmara Municipal.

Resumidamente, é desta forma que segue o governo Luis Fernando Silva em São José de Ribamar.

Apático, opressor e não executando absolutamente nada do que ele, em seus seminários, Planejou.

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