Nem faz tanto tempo assim, pois a mais ou menos uma década o Nim (azadirachta indica A.juss), uma espécie vegetal exótica originária da Índia chegava ao Brasil; sendo plantada inopinadamente em vários municípios nordestinos, inclusive em Codó.
Considerada uma planta extremamente invasora, portanto, com grande poder adaptativo e de propagação o Nim indiano (Neem) como é conhecido vem provocando verdadeiro desequilíbrio nos ecossistemas da região. Malgrado a controvérsia, ainda há quem diga que isso é apenas o começo. Com grandes chances de piorar, caso nada venha a ser feito por parte dos órgãos competentes, é preciso que se diga que a monoarborização (de qualquer espécie) corresponde a uma prática altamente contrária e deletéria à Natureza e sua biodiversidade.
Amplamente utilizada como alternativa para a arborização urbana e rural, a espécie vem sendo disseminada em vários municípios do Nordeste em geral. Usada, inclusive em alguns casos, como solução para áreas de reflorestamento e quebra-ventos em regiões do semiárido. São tão graves os efeitos provocados pela utilização desregrada do Nim que já podemos chamar esta prática de “desmatamento ou desertificação verde”. Tamanha e preocupante já estão sendo as consequências desta alternativa altamente invasora para a fauna e a flora, assim como para os padrões do frágil bioma da caatinga.
A continuidade do uso abusivo do Nim, assim como do próprio Ficus (Ficus benjamina) vem se caracterizando como um literal atentado contra o equilíbrio dos ecossistemas sertanejos, assim como contra o meio ambiente em geral. Visto que podem ocasionar num curto espaço de tempo, dentre outras coisas, a extinção de espécies nativas e edêmicas da região. Notadamente pelo seu rápido ciclo vegetativo e o grande poder de propagação, que termina por eliminar a concorrência, ou seja, as espécies naturais da caatinga. Por sinal, foi sua rapidez de crescimento justamente o que a fez cair nas ‘graças dos homens do sertão’.
É chefe… Eu tenho um aqui plantado na frente da minha casa. Mas só por causa desta publicação vou plantar um pé de mandacarú (a sombra não é lá essas coisas mas vai espetar as costas de quem se encostar nele). Haja falta de criatividade né bloqueio.