Microcrédito pode mudar o País, afirma novo presidente da Caixa

O novo presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, afirmou que o banco vai adotar medidas para mudar o cenário do País por meio do microcrédito. Durante cerimônia de posse como presidente da instituição, nesta segunda-feira 7, ele destacou que é inaceitável que pessoas contratem empréstimos com juros maiores que 20% ao mês.

Guimarães assegurou ainda que nas próximas 27 a 30 semanas irá a todas as unidades da federação para ouvir das pessoas o que elas esperam da Caixa. Segundo ele, essa agenda é parte do movimento para atender a ordem do presidente da República, Jair Bolsonaro, que determinou mais Brasil e menos Brasília.

“Nosso foco são as comunidades carentes, onde a Caixa tem impacto muito grande […] podemos devolver cidadania a essas pessoas”, salientou. Guimarães lembrou ainda o tamanho da Caixa, que tem 93 milhões de clientes e está entre as maiores instituições financeiras do planeta.

O presidente da Caixa informou ainda que a instituição vai pagar, ao longo dos próximos quatro anos, uma dívida de R$ 40 bilhões com o Governo Federal. Para isso, ele pretende abrir capital de empresas que são controladas pelo banco, como as operações de cartões, de seguros, assets (empresa de gestão de recursos) e loterias.

Sem interferência política

Além de Pedro Guimarães, também foram oficializados no cargo os presidentes Rubem Novaes (Banco do Brasil) e Joaquim Levy (BNDES).

Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro afirmou que a escolha dos presidentes de bancos públicos ocorreu sem interferências políticas e que esses executivos tiveram liberdade para escolher sua equipe.

Em seu discurso, o presidente da República frisou que a ação dos bancos públicos brasileiros será transparente e que a atual gestão tornará públicas medidas tomadas em outros governos. “Eles tiveram liberdade de escolher todo seu primeiro escalão, sem interferência política”, afirmou. “Transparência acima de tudo, todos os nossos atos serão abertos ao público, o que ocorreu no passado também”, acrescentou.

Segundo Bolsonaro, a gestão técnica dos bancos públicos e da política econômica de maneira geral será importante para superar a crise econômica, reduzir o desemprego e a criminalidade. “Se a economia for bem, teremos mais empregos, o índice de violência diminui, e a satisfação se fará presente ao povo”, disse.

Bolsonaro também ressaltou que recursos públicos passarão a ser geridos com rigor e controle, como nos casos de repasses de dinheiro a Organizações Não Governamentais (ONGs) e verbas publicitárias no mercado de comunicação. “Os recursos que forem liberados sofrerão rígido controle para que possamos fazer com que sejam bem utilizados”, concluiu.

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