Brasil cria 414 mil empregos formais em novembro e atinge melhor resultado para um mês desde 1992

O mercado de trabalho brasileiro registrou em novembro o quinto mês consecutivo de saldo positivo na criação de postos de trabalho com carteira assinada. No último mês, foram registrados 414.556 novas vagas formais ante desligamentos – o melhor resultado para todos os meses desde 1992, quando iniciou a série histórica –, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira, 23. O saldo é o resultado de 1.532.189 contratações diante de 1.117.633 demissões. No acumulado do ano, o saldo é positivo em 227.025 vagas de emprego, decorrente de 13.840.653 admissões e 13.613.628 desligamentos. Esta foi a primeira vez que o saldo fechou positivo desde o início da pandemia do novo coronavírus. Em outubro, o saldo encerrou com 394.989 vagas criadas a mais que fechadas.

Os dados mostram que houve abertura de vagas em quatro dos cinco segmentos classificados pelo Caged. O bom desempenho do mês foi puxado principalmente pelo setor de serviços, com 179.261 vagas a mais. No comércio foram criados 179.077 postos de trabalho. O setor da indústria registrou 51.457 vagas abertas a mais que fechadas, enquanto a construção civil fechou novembro com saldo positivo de 20.724 contratações. A agropecuária foi o único que registrou recuo, com 15.353 postos de trabalhos fechados a mais que abertos. As cinco regiões do país registraram saldo positivo em novembro. No Sudeste, o resultado ficou em 215.059 postos, enquanto o Sul fechou o mês de novembro com 92.610 vagas a mais. No Nordeste foram criados 71.879 empregos formais, no Centro-Oeste, 19.421 e no Norte, 16.187 vagas.

Em abril, no pior momento da crise, o Caged registrou saldo negativo de 942.774 demissões a mais que contratações. Em maio o saldo ficou com 366.200 demissões a mais que contratações, e em junho o acumulado negativo reduziu para 26.025. A partir de julho o Brasil começou a criar mais postos de trabalho de forma sistemática. O segundo semestre abriu com saldo positivo de 137.965 vagas, pulando para 242.714 em agosto, 314.903 em setembro e 389.534 em outubro. A capacidade para criar postos de trabalho é um dos termômetros para medir o desempenho econômico do país. A taxa de desemprego bateu novo recorde em novembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A PNAD Covid-19, que foi divulgada pelo instituto na manhã desta quarta, mostra que a população desocupada chegou a 14 milhões, um aumento de 2% em relação a outubro, e de 38,6% frente a maio, mês que o levantamento foi iniciado. O número de desempregados registrou alta na região Nordeste, com um aumento de 4,7%. Segundo o IBGE, as outras regiões se mantiveram estáveis em novembro.

Fonte: Jovem Pan

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