Projeto Praia Limpa foi destaque do final de semana com banhistas da Praia do Meio

Ações de sensibilização sobre a limpeza das praias e balneários maranhenses, coleta seletiva do lixo e atividades lúdicas foram realizadas na Praia do Meio como parte do Projeto “Praia Limpa”. Frequentadores, donos de bares e até comerciantes informais da praia aprovaram a iniciativa e aderiram ao projeto, que recebia voluntários à medida em que a equipe de monitores ia passando nas barracas, com o trabalho de sensibilização.

Estudantes de biologia da Universidade Federal do Maranhão executaram, como monitores do projeto, o trabalho de sensibilização e mobilização. Em vários pontos da praia, foram colocadas lixeiras recicláveis para a coleta de lixo e dispositivos em que o cidadão podia adquirir uma sacolinha para carregar o seu lixo. Para os motoristas, foram entregues adesivos sobre o projeto. Entre os estudantes (monitores), a opinião é que o alcance do trabalho pode mudar o cenário das praias de São Luís, se a população entender e aderir ao projeto. A universitária Edênia Coqueiro lembrou sobre a responsabilidade social do cidadão e conclamou o cidadão para iniciativas de rotina: “É importante lembrar que nós somos responsáveis pelos nossos resíduos, então, vamos cuidar, vamos recolher, vamos substituir…porque é importante manter o nosso ambiente limpo”, explicou.

A constatação dos resultados veio, em tempo real, pela reação de quem recebia a abordagem dos monitores do projeto. Para o empresário Ademir Serra, a iniciativa foi importante, inclusive porque contemplou locais adequados para colocar o lixo, como foi o caso das lixeiras. “Se você vê a lixeira, naturalmente você vai utilizá-la, mas, se não vê o local adequado, acaba deixando na praia, o que é um absurdo”, constatou. Já, a estudante de pedagogia Giovana Barraso, que se voluntariou para a atividades, pretende levar a experiência do projeto para a sala de aula: ”É uma experiência motivadora. Abraçar uma causa de preservação, de coleta, é importante para abordar em sala de aula, pois leva à prática”, justificou.

Promovido em uma parceria entre o gabinete do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o Instituto Cidade Solidária, o projeto contou com a participação de várias outras instituições, entre elas, a CEMAR, que disponibilizou o projeto ECOCEMAR, com atividades lúdicas e infraestrutura, a Universidade Federal do Maranhão, por meio do departamento de biologia e cooperativas de reciclagem de lixo entre outros. O lixo coletado e selecionado foi entregue à COOPRESL (Cooperativa de Reciclagem de São Luís), que trabalha com reciclagem de papel, metal e plástico, e o Núcleo Inhaúma Sustentável, que trabalha com a fabricação de vassouras a partir da utilização de garrafas Pet.

De acordo com o coordenador do projeto “Praia Limpa”, Liviomar Macatrão, o resultado da iniciativa superou as expectativas. Segundo ele, a divulgação nos meios de comunicação e redes sociais trouxe parcerias e voluntários. “A presença de voluntários convocados por meio das redes sociais; os frequentadores da praia, que lendo o material do projeto, se candidataram a participar da coleta seletiva e algumas instituições que nos procuraram evidenciaram o resultado exitoso do projeto, não só do ponto de vista da coleta, mas, principalmente da sensibilização”, constatou Liviomar, que inclusive, celebrou o resultado da pesagem do lixo coletado. Considerando as adversidades de tempo chuvoso do final de semana, os participantes do projeto ainda coletaram quase cem quilos de lixo.

A partir da experiência na Praia do Meio, o “Praia Limpa” tem previsão de acontecer em outras praias da Grande Ilha, mantendo como meta a sensibilização e mobilização, visando a auto sustentabilidade, reaproveitamento dos resíduos a partir da coleta seletiva e a educação ambiental voltada para o cidadão, de forma que insira no seu dia-a-dia a rotina do descarte correto do lixo.

SOS ÁGUAS DO MARANHÃO

O projeto Praia Limpa é mais uma das ações do programa SOS Águas do Maranhão, idealizado pelo senador Roberto Rocha, em parceira com o Instituto Cidade Solidária, que inseriu em pauta estadual a problemática da situação dos rios do Maranhão, que se deterioram gradativamente, devido à poluição e outros danos causados pela ação do homem. O programa atua em diversas frentes e uma delas foi a série de seminários, ocorridos em 2017, “Revitalização dos rios Maranhenses e Suas Nascentes”, concebidos para ampliar a consciência cidadã e fomentar estratégias de enfrentamento do problema. De acordo com Roberto Rocha, o descaso com meio ambiente e as riquezas naturais do Maranhão pode custar caro ao maranhense. “Precisamos ter esse pensamento de preservação das nossas riquezas, senão só daremos falta delas quando não houver mais solução. E a preservação das nossas praias é significativa, não só pelo aspecto social e ambiental, mas também pelo econômico, considerando que o turismo atrai investimentos para a capital e para o estado, daí, a importância do “Praia Limpa””, destacou.

Engenheiros que prestaram serviços pra Vale são presos em SP e MG após tragédia em Brumadinho


Buscas continuam na região atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho
Denis Valério/BBC

O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil do estado cumpriram na manhã desta terça-feira (29) dois mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual de Minas Gerais contra engenheiros que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG), que se rompeu na última sexta-feira. Em Minas, foram cumpridos outros três mandados de prisão.

Na noite de segunda-feira (28), a Defesa Civil de Minas Gerais informou que há 65 mortos e 279 desaparecidos após a tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, na região metropolitana de Belo Horizonte. Nesta terça-feira, começa o quinto dia de buscas no local.

A prisão dos engenheiros em São Paulo ocorreu nos bairros de Moema e Vila Mariana, Zona Sul da cidade. As ordens de prisão foram expedidas pela Justiça no domingo.

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As ações em São Paulo, parte de uma operação que também se desenvolve em Minas Gerais, são coordenadas por promotores do núcleo da capital do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de São Paulo, e pelo Departamento de Capturas (Decade) da Polícia Civil paulista.

Suspeita de documentos fraudados

A Polícia Federal em São Paulo também participa da operação e cumpre, neste momento, dois mandados de busca e apreensão em empresas que prestaram serviços para a Vale. O nome das empresas ainda não foi divulgado.

Os investigadores apuram se documentos técnicos, feitos por empresas contratadas pela Vale e que atestavam a segurança da barragem que se rompeu, foram, de alguma maneira, fraudados.

Toda a operação é coordenada por policiais, promotores e procuradores de Minas Gerais. A força-tarefa envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual e Federal e a Polícia Civil.

Fonte:G1

Trabalhador Rural não precisará mais de Sindicato para se Aposentar

O trabalhador rural não precisará mais da intermediação dos sindicatos para conseguir uma declaração de sua atividade e, com isso, conseguir se aposentar.
É o que estabelece a medida provisória assinada presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira 18, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, para combater fraudes em benefícios pagos pela Previdência Social.
De acordo com o governo, a medida provisória altera regras de concessão dos benefícios, entre os quais auxílio-reclusão, pensão por morte e aposentadoria rural. Prevê, ainda, a revisão de benefícios pagos atualmente pelo INSS.
Pelo texto da MP, serão criados os programas de Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade e de Revisão de Benefícios por Incapacidade.
Pelas estimativas da equipe econômica, o governo poderá economizar R$ 9,8 bilhões nos primeiros 12 meses com as ações previstas na MP.
Isso porque, de acordo com o governo, a estimativa é que serão cancelados 16% dos 5,5 milhões de benefícios. A revisão será feita nos próximos dois anos.
Para a concessão de aposentadoria rural, sendo a MP, será criado um cadastro de segurados especiais para abastecer o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). A partir de 2020, o CNIS será a única forma de comprovar o tempo de contribuição para o trabalhador rural.
Documentos validados por sindicatos não serão mais aceitos. Antes de 2020, o trabalhador rural comprovará período de contribuição por meio de uma autodeclaração. Nos próximos 60 dias, bastará entregar a autodeclaração. A partir de março, a autodocleração terá de ser homologada por entidades do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pronater repassando João Alencar

Veja a Lista completa dos ganhadores da 89ª Extração do Codó Feliz

1º PRÊMIO – R$ 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS)

NOME: FRANCISCA DAS CHAGAS M. DA SILVA
Nº DA CARTELA: 00483-93
ENDEREÇO: RUA NOSSA SENHORA DAS DORES Nº 1468
BAIRRO: SÃO VICENTE PALOTTE
CIDADE: CODÓ – MA
VENDEDOR: JORGE VIEIRA

2º PRÊMIO – R$ 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS)

NOME: FRANCISCA BARROS SILVA
Nº DA CARTELA: 05193-41
ENDEREÇO: RUA SÃO LUIS Nº 1286
BAIRRO: CODÓ NOVO
CIDADE: CODÓ – MA
VENDEDOR: CÉLIA CASTRO

NOME: JOSÉ FRANCISCO A. SANTOS
Nº DA CARTELA: 04476-83
ENDEREÇO: AVENIDA SÃO RAIMUNDO Nº 924
BAIRRO: SÃO RAIMUNDO
CIDADE: CODÓ – MA
VENDEDOR: VERA LÚCIA

3º PRÊMIO – R$ 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS)

NOME: FRANCIEL, JOÃO CARLOS E CARLOS ANTÔNIO
Nº DA CARTELA: 04233-18
ENDEREÇO: 1 º TRAVESSA GOIANIA Nº 140
BAIRRO: SANTO ANTÔNIO
CIDADE: CODÓ – MA
VENDEDOR: RAFAEL DOS SANTOS

4º PRÊMIO – R$ 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS)

NOME: BENEDITO GOMES DE CASTRO
Nº DA CARTELA: 19446-82
ENDEREÇO: RUA TIRADENTES Nº 1070
BAIRRO: SÃO PEDRO
CIDADE: CODÓ – MA
VENDEDOR: CORDEIRO

5º PRÊMIO – R$ 13.000,00 (TREZE MIL REAIS)

NOME: ARTHUR LUZ, ÁDAN E ALEF
Nº DA CARTELA: 09299-15
ENDEREÇO: AVENIDA CRISTOVÃO COLOMBO Nº 1179
BAIRRO: SÃO RAIMUNDO
CIDADE: CODÓ – MA
VENDEDOR: LUZ FARMA

Exclusivo: relatório atestou risco baixo para barragem em 2018

O engenheiro civil Makoto Namba, da empresa Tuv Sud Bureau de Projetos, assinou relatório que atestava a estabilidade da Barragem I, da Mina do Córrego do Feijão. A estrutura, que rompeu na sexta-feira, provocando a tragédia em Brumadinho, foi classificada como de baixo risco pelo profissional.

R7 teve acesso ao documento, classificado como restrito, que também é assinado pelo engenheiro da Vale César Augusto Paulino Granchamp. A Tuv Sud é uma empresa alemã de auditoria e certificação.

A declaração de estabilidade integra a auditoria técnica de segurança do segundo semestre de 2018 do Complexo Paraopeba, onde ficava a Mina do Córrego do Feijão.

No relatório emitido em 26 de setembro de 2018, a Barragem I, que rompeu na sexta-feira, é classificada como de alto potencial de dano associado, porém com baixo risco.

No documento, consta que a última inspeção no local foi feita pelo engenheiro Makoto Namba em 20 de julho. Ele atestou a estabilidade da estrutura de acordo com as normas do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).

Outro Lado

Procurado nesta tarde na Tuv Sud, uma funcionária disse que Namba estaria em Minas Gerais e que não iria comentar o assunto. Também procuramos o engenheiro por telefone, mas ele não retornou nossas ligações e mensagens.

No início da tarde, a Tuv Sud divulgou nota informando que fez avaliações nesta barragem: uma revisão periódica de segurança (18/6/2018) e uma inspeção regular de segurança (26/9/2018) de acordo com as normas do DNPM. A empresa também informou que não iria comentar as investigações em andamento e que estão colaborando com as autoridades.

Veja abaixo a íntegra:

 

Irmãos morrem ao confundirem veneno com bebida alcoólica

Dois irmãos identificados como José Ribamar do Nascimento e Adelmar Adelino do Nascimento morreram na manhã desta segunda-feira (28) após ingerirem veneno na zona rural de Campinas do Piauí. Eles pensavam que era bebida alcoólica.

O comandante do Grupamento da Polícia Militar do município, sargento Aguiar, explicou que a dupla saiu da própria casa, situada na localidade Alto Formoso, e foi com um amigo em um terreno fazer a retirada de arames de uma cerca e ir atrás de ovelhas.

Durante o trajeto, o comandante relatou que eles pararam em uma casa abandonada, que pertence à família de José Ribamar e Adelmar Adelino. No local, havia uma garrafa de refrigerante com um líquido. Eles pensavam que era bebida alcoólica e a levaram.

Então, os irmãos com o amigo pararam em um lugar e ingeriram o líquido. O sargento Aguiar revelou que um deles morreu no terreno e o outro foi levado para o hospital de Campinas do Piauí, porém, também não resistiu e veio a óbito.

A Polícia Militar foi acionada por volta de 08h30. As vítimas foram encaminhadas para o necrotério da unidade hospitalar. Ainda hoje, os corpos serão liberados para que sejam sepultados.

Com informações GP1

Sogro mata genro a pauladas e facadas no peito em Codó

Um homem identificado como Reginaldo Gonçalves Lima, 33 anos, foi morto a pauladas e facadas no peito na noite deste domingo, por volta das 20h, no povoado Barra do Junco, zona rural de Codó.

Segundo as informações repassadas pela Polícia Militar, o autor do crime é um homem identificado como Francisco Rodrigues Azevedo, 41 anos, que é pai da esposa da vítima.

Testemunhas não quiseram revelar o motivo que levou o sogro a matar o genro. O assassino fugiu logo após cometer o ato e ainda não foi localizado pela Polícia Militar.

O crime será investigado pela 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Codó.

Com a colaboração da repórter Emanuela Carvalho, da TV Cidade/Blog Marcos Silva 

Prefeito Nagib e autoridades realizam Projeto Mutirão Prefeitura no Meu Bairro no km 17

Criado pelo governo Mais Avanço, Mais Conquistas, o Projeto Mutirão Prefeitura no Meu Bairro continua levando melhorias a vários bairros e comunidades do município de Codó. Um mutirão de ações, principalmente na área de urbanismo e manutenção do patrimônio público, chegou ao km 17. Mas de trinta homens deram início ao trabalho de limpeza, capina e nivelamento de ruas e praças. Ao lado do prefeito Nagib, o secretário municipal de desenvolvimento urbano e rural, Roberto Albuquerque, destacou as principais ações.

“Iniciamos o multidão da limpeza no km 17, realizando capina e limpeza nas principais vias e praças da comunidade, vamos recuperar a iluminação pública, visitando o comércio e as residências, conversando com a população e observando e ouvindo as principais demandas da comunidade e nos planejando para realizarmos as obras e ações necessárias para deixar o km 17 mais limpo, bonito, bem iluminado, organizado, com mais saúde, educação e segurança, dando mais qualidade de vida a população”.

Depois de vistoriar as ações na principal praça do distrito, o prefeito Nagib, acompanhado de secretários e vereadores, visitou três escolas, conversou com professores e recebeu elogios pelo processo de nucleação e o fim das salas multisseriadas . “É um prazer acompanhar essa comitiva do Projeto Mutirão e testemunhar tantas ações que são feitas, demandas atendidas. É u projeto que visa à manutenção do patrimônio público das comunidades, ruas, edifícios públicos, iluminação e uma série de avaliações para que o governo possa trabalhar melhor. É um trabalho diretamente ligado ao bem estar público. Assim como foi feito em Cajazeiras, o prefeito está in loco no km 17 para avaliar tudo que a administração precisa fazer, em todas as áreas”, disse o vereador Valdeck Frota.

Na Unidade Básica de Saúde do km 17, o prefeito se encontrou com as duas equipes do Programa Saúde da Família, para saber sobre o abastecimento de medicamentos e se as demandas do posto estão sendo atendidas, uma vez que a UBS funciona também aos fins de semana e feriados. Os moradores elogiaram muito a agilidade e qualidade do atendimento, tanto na parte clínica, quanto na odontológica. O prefeito também conversou com as tradicionais merendeiras do km 17 e anunciou melhorias para o mercado local.

Reunido com moradores do km no Centro de Referencia da Assistência Social, o prefeito agradeceu a população e a participação de cada um, destacando que o papel do cidadão é fundamental para que as políticas públicas cheguem até as comunidades. “É com muita alegria que chegamos com o projeto Prefeitura no Meu Bairro, edição especial, aqui no Km 17. Iniciamos o mutirão da limpeza e manutenção dos espaços públicos, praças, limpeza e capina, recuperação de ruas, de iluminação pública. Também aproveitamos visitar prédios públicos, a nossa UBS aqui do distrito, que está bem abastecida de medicamentos e com profissionais atendendo durante a semana e também nos fins de semana, visitando escolas, vistoria nas instalações do SAAE e a qualidade da água. Em fim, uma série de ações e visitas para avaliar o que precisamos fazer de imediato, quais as prioridades e como faremos nosso planejamento para 2019”.

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Brumadinho: ‘gritos, crianças chorando e fogo’, voluntário descreve horror em resgate que ‘não passa na televisão’


‘A lama não deixou vestígios. Ela passou varrendo tudo’, diz Silvânia
Arquivo pessoal/BBC

A professora de ensino fundamental Silvânia Fonseca Moraes voltava do velório de um parente quando leu as primeiras notícias sobre o rompimento de barragens da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG), na sexta.

Moradora do bairro Casa Branca, localizado a cerca de 16 quilômetros de distância do local da tragédia, ela pegou seu jipe no dia seguinte e seguiu para uma região próxima à mina. Brigadista voluntária, já havia auxiliado em combates a incêndios florestais, mas nunca tinha trabalhado em resgates. Foi então que, conta, vivenciou uma das situações mais traumatizantes da sua vida.

“Nunca assisti a filmes de terror, porque nunca me interessei. Mas, infelizmente, o que vivi ali foram cenas de terror ao vivo”, narra a professora, que, ao chegar à área da tragédia, foi chamada para auxiliar uma das equipes do Corpo de Bombeiros nas buscas por vítimas da tragédia.

Durante esse período, vários corpos foram encontrados pelo caminho.

Assim como Silvânia, outras centenas de voluntários foram a Brumadinho para ajudar nos resgates e no apoio aos familiares de vítimas – a reportagem da BBC News Brasil conversou com alguns deles.

Silvânia acompanhava outros voluntários que ajudavam na região atingida pelos rejeitos desde o dia anterior. “Vi que tinha muita necessidade de ajuda, porque o número de vítimas era assustador. Como tenho um jipe, fui para ajudar a levar comidas aos socorristas e auxiliar desabrigados”, explica.

Mas quando chegou ao local, os bombeiros pediram que ela utilizasse a experiência como brigadista voluntária para auxiliá-los nos caminhos de mata da região. “Naquelas áreas, que são fechadas, helicópteros e drones não poderiam ajudar, então eles precisariam ir a pé.”


Buscas continuam na região atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho
Denis Valério/BBC

A professora conta que fez um pedido aos bombeiros: não queria ver corpos. “O que gosto é de salvar vidas. Não tenho estrutura para ver corpos”, diz.

“Nunca vi tanto horror na minha vida. A lama não deixou vestígios. Ela passou varrendo tudo.”.

Até o momento, 58 mortes foram confirmadas. Há 305 pessoas desaparecidas.

Orientações a ribeirinhos

O socorrista Diego Dias também se sensibilizou com a tragédia de Brumadinho e foi ao local para prestar ajuda. Ele mora em Queluz (SP) e chegou à cidade mineira por volta das 2h30 de sábado. Por ter experiência com primeiros socorros, transitou pela região atingida pelos rejeitos junto com uma equipe da Cruz Vermelha.

“Fomos procurar por vítimas e também visitamos as casas localizadas nas proximidades, porque havia o risco de estourar outra barragem”, comenta.

Pelas margens da lama, procuravam vítimas. Quando avistavam um corpo, informavam a uma equipe do Corpo de Bombeiros, que ia de helicóptero ao local. “Ninguém conseguia andar no barro, então somente o helicóptero poderia retirar os corpos”, relata. A equipe da qual fez parte não encontrou nenhum sobrevivente.

Diego e outros ocupantes do veículo da Cruz Vermelha passaram pelas casas de pessoas que vivem à beira do rio Paraopeba.


Buscas continuam na região atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho
Denis Valério/BBC

“Explicamos que era uma área de risco e orientamos que eles deveriam ir para um lugar mais seguro, como escolas e faculdades, que a defesa civil da região disponibilizou. Muitas daquelas pessoas eram idosas, sem recursos e sequer sabiam o que estava acontecendo. A única coisa que eles nos disseram era que haviam estranhado que na noite anterior sentiram a terra tremer.”

“Algumas pessoas não quiseram sair de casa, mesmo com nosso alerta. Nesses casos, tivemos que informar a situação para a Polícia Militar, porque era um risco a permanência delas ali”, acrescenta.

Ele conta que uma das situações mais complicadas era quando familiares cobravam respostas sobre desaparecidos. “Eu fiquei muito chocado ao ver famílias gritando desesperadas e pedindo respostas. Nós, voluntários, não tínhamos essas respostas”, lamenta.

“A televisão mostra imagens que faz parecer com que o trabalho do resgate é bonito. Mas, no local, presenciando pessoas gritando, crianças chorando, postes pegando fogo e barro descendo. É uma coisa muito forte. Foi chocante. Não tenho como explicar”, declara.

Na tarde de sábado, ele conta que a equipe suspendeu os trabalhos na região, em razão de uma forte chuva que atingiu o local. Na manhã de, os trabalhos foram suspensos por um período, em razão da possibilidade de rompimento de mais uma barragem. A hipótese, porém, foi descartada horas mais tarde.

Rio poluído

O fotógrafo Marcos Dâmaso foi ao local com um amigo, que tem dois cães farejadores. Moradores de Betim (MG), eles chegaram a Brumadinho na manhã de sábado.

“Desde que fiquei sabendo da tragédia, tive vontade de ir ajudar. Nosso principal objetivo era salvar vidas”, relata à BBC News Brasil.

Ele conta que se cadastrou, com o amigo, em uma área destinada a voluntários e logo começou as buscas. “Um bombeiro nos acompanhou durante todo o trajeto”, diz.

O grupo do fotógrafo, que também é biólogo, caminhou por cerca de 12 quilômetros. “Fomos por uma trilha na região de uma linha de trem”, comenta ele, que se diz desolado com a destruição que viu.

“No rio Paraopeba, uma parte da água estava clara, enquanto a parte atingida pelos rejeitos estava muito escura e avermelhada. Foi um contraste muito grande. Provavelmente, por se tratar de rejeito de minério, está contaminado com materiais pesados, como chumbo e mercúrio. Há chances de contaminar os rios da região”, avalia.

Dâmaso e os companheiros de trajeto, incluindo os cães farejadores, não encontraram nenhuma vítima durante o caminho.

“Vi um Fiat Uno tombado, pedaços de casas, uma cama e várias outras coisas sendo levadas pelo rio. Foi a primeira vez que vi uma tragédia desse nível.”

Eles ficaram por cerca de quatro horas na trilha. Avistaram uma região de lama e tentaram entrar para procurar vítimas, mas logo desistiram. “O meu amigo colocou o pé ali e começou a afundar, então logo saímos.”

“É uma experiencia nada fácil. Não é fácil saber que tem centenas de corpos naquela lama.”

O voluntário torce para que os responsáveis pelo crime ambiental sejam punidos.

“Espero que as pessoas que tenham a ver com isso sejam presas. É o que deve ser feito para resolver. Não adianta aplicar multa apenas. Não podemos deixar essas pessoas sem punição.”

Voluntário em Mariana e em Brumadinho

O bombeiro Denis Valério estava em Pedro Leopoldo (MG), onde mora, quando soube da tragédia em Brumadinho. Três anos atrás, ele havia atuado como voluntário nos resgastes após o rompimento da barragem na vizinha Mariana (MG).

Era cerca de 21h de sexta-feira quando ele chegou à região atingida pelas barragens, onde ajudou a retirar a população ribeirinha das áreas de riscos.

“Eu disse a eles sobre os perigos de permanecer ali, principalmente porque muitos rejeitos se acumularam no rio e apresentavam riscos para eles, caso o nível da água subisse”, conta.

Também auxiliou na busca por vítimas. “Infelizmente, a minha equipe não conseguiu localizar ninguém.”

O programador Felipe Butcher, que mora no bairro Casa Branca, seguiu para a região da mina Córrego do Feijão ainda no início da tarde de sexta-feira, logo que viu mensagens sobre a tragédia em grupos de WhatsApp.

“Alguém que estava na Vale mandou um áudio gritando e contando sobre o ocorrido. A dúvida de ir ou não foi grande. Muitas pessoas dos grupos falaram para não ir, mas outros disseram que iriam. Coloquei os equipamentos de proteção no carro e fui”, diz.

Ele também é brigadista voluntário em incêndios florestais e afirma que não havia atuado em resgates. “Nunca pensei que um dia viveria uma experiência como a que tive no Córrego do Feijão.”

Em poucos minutos, ele chegou ao local. “A minha casa é próxima ao ‘Feijão’. Logo que cheguei, ainda havia poucos bombeiros. A base da operação estava sendo montada. Estavam chegando ambulâncias e helicópteros. Em pouco tempo, havia mil bombeiros, equipes de polícia e o mais triste de todos: o caminhão preto do Instituto Médico Legal (IML)”, declara.

Felipe narra que viu, na região da tragédia, várias pessoas chorando, gritando e tentando ligar para entes queridos que estavam desaparecidos. “Cada família que aparecia estava procurando alguém”, comenta.

Diversos brigadistas florestais voluntários de Casa Branca se apresentaram às equipes de Corpo de Bombeiro que estavam no local. “Alguns bombeiros já nos conheciam e aceitaram a nossa ajuda. Conhecemos bem a região e eles sabiam que conseguiríamos entrar bem no mato dali”, detalha.

Ele e alguns voluntários desceram até as regiões atingidas pelos rejeitos. “Andamos pouco, porque nos mandaram voltar. Com medo, voltamos”, diz. Quando retornaram para o lugar onde estavam as equipes de resgate, ele comenta que viu helicópteros puxando corpos, já envoltos em plásticos pretos.

“Era uma cena surreal. Coisa de filme. Famílias estavam atrás da cerca chorando e, de longe, tentavam ver se era um deles. Hora chegava corpo, hora chegava alguém vivo. Os corpos eram colocados no caminhão do IML e levados o mais rápido possível. O caminhão ia cheio e voltava vazio, como se fosse carga”, detalha.

Horas depois de chegar ao Córrego do Feijão, ele e outros voluntários foram autorizados a descer até a região atingida, junto com a equipe de salvamento, que incluía bombeiros e brigadistas.

“Pegamos caronas com jipeiros. Todas as tribos estavam ali tentando ajudar como podiam. Vimos uma ponte gigante de concreto derrubada. Descemos do jipe. Andamos e andamos muito, seguindo a linha do trem que beirava o rio Paraopeba”, conta.

Eles não encontraram nenhuma vítima da tragédia. “Isso foi muito triste, porque tudo o que eu queria era salvar alguém. Mas não tive essa oportunidade”, diz à BBC News Brasil.

No domingo, a equipe que ele acompanhava foi até uma pousada da região atingida pelos rejeitos. Felipe não quis ir. “Não tive estômago”, conta. No local, segundo ele, foram encontrados diversos corpos e apenas uma pessoa com vida. “O lugar foi completamente destruído pela lama.”

Ao avaliar os dias em que auxiliou os resgates, ele ressalta que a parte mais difícil foi acompanhar os corpos sendo encaminhados ao IML. “Outra parte triste é saber que tem gente que provavelmente nunca vai ser encontrada”, lamenta.