A sessão do último dia 27 de fevereiro foi realmente bem tumultuada. Assim como era de conhecimento público, o presidente Expedito Carneiro teria que ler a denúncia do ex-vereador Horácio Maciel. No entanto, usando de muita astúcia, o presidente colocou na Ordem do Dia um documento expedido pelo desembargador Guerreiro Junior, que determinava a retirada do plenário de dois parlamentares: vereador Domingos Reis e a vereadora Cleane. Assim não seria possível a reprovação das contas do ex-prefeito Bine Figueiredo. O presidente ainda iria deixar por último a leitura da denuncia contra ele onde seria afastado da presidência.
Na semana passada o presidente não lera a denúncia contra ele, alegando se tratar apenas de uma cópia. Na sessão dessa semana, Expedito leu primeiramente a ordem do desembargador para afastar Cleane e Domingos Reis, ignorando o fato de o documento se tratar também de uma cópia. Com o afastamento de Reis e Cleane, a Câmara não contaria com os dois terços necessários para a votação das contas do ex-prefeito Biné.
O Vereador Milson da Gabriela ainda falou que ficou na secretaria até as cinco e quarenta da tarde de ontem e que em momento algum a Ordem do Dia já estaria à disposição. Com isso podemos supor que: ou a ordem do dia foi feita de última hora, ou estava preparada esperando somente a cópia da ordem do desembargador de São Luís chegar ao parlamento, determinando a retirada dos vereadores.
Mediante a esse impasse, as manifestações do público foram diversas. Enquanto alguns falavam mal dos vereadores da situação, o presidente ignorava, mas quando as críticas foram dirigidas a ele, Expedito mandou a polícia retirar os manifestantes. O presidente, além de descumprir o Regimento Interno, deu uma de ditador, cortando os microfones dos vereadores da situação, para que os mesmos não pudessem se defender.
No meio desta confusão, o presidente não foi afastado e as contas do ex-prefeito Biné Figueiredo foram aprovadas. Só não sabemos como.
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