Mulher de Haddad recebe dinheiro de fundação do Maranhão

Ana Estela Haddad é cirurgiã-dentista, professora associada da Faculdade de Odontologia da USP e ex-diretora de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde nos governos petistas de Lula e Dilma.

Segundo informações do jornal local O Estado do Maranhão, a esposa do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, recebe da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) R$ 10 mil por mês.

“Os repasses são feitos por meio de duas fundações: a Sousândrade e a Josué Montello”, acrescentou a publicação.

“O valor mensal corresponde a duas bolsas recebidas pela professora por meio do projeto ‘S-Atenção Básica: Desenvolvimento e Aplicação de Jogo Eletrônico como Instrumento de Educação em Saúde’”, completou o jornal.

Já segundo informações do Diário do Poder, apenas em 2018, Ana Estela recebeu mais de R$ 32 mil da Fundação Josué Montello, parceira do governador Flávio Dino, membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

A informação foi publicada nesta terça-feira (9) na coluna do jornalista Cláudio Humberto. Segundo ele, este ano, a esposa do petista Fernando Haddad já levou R$ 13 mil.

Procurado pela reportagem, o governo do Maranhão não respondeu aos questionamentos.

A fundação Josué Montello também foi indagada sobre o assunto, mas se recusou a explicar o vínculo com Ana Estela Haddad.

Explicações da assessoria de Ana Estela Haddad

Nesta terça-feira (9), por meio de sua assessoria, Ana Estela Haddad confirmou que há um contrato de consultoria “com o objetivo de desenvolver projetos relacionados a educação à distância, na esfera do Unasus (Universidade Aberta do SUS), criado por ela na época em que trabalhou no Ministério da Saúde”.

A assessoria define a mulher do ex-candidato petista como “uma ativa intelectual, professora, doutora da Faculdade de Odontologia da USP” e “uma das criadoras do Prouni e do Unasus, a Universidade Aberta do SUS.”

A consultoria de Ana Estela, segundo a assessoria, tem prazo e deve terminar em 2020. “Está tudo publicado no Diário Oficial”, negando tratar-se de uma “boquinha”, “mas de um trabalho efetivo que visa melhorar as condições de atendimento à saúde no Estado do Maranhão.”

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