Adolescente é suspeita de matar a avó e dar festas na casa onde o corpo estava escondido

Um crime bárbaro, que poderia facilmente fazer parte do enredo de um filme de terror, vem sendo investigado pela Polícia Civil (PC) desde o fim da tarde de segunda-feira (4), quando o corpo de uma mulher de 57 anos foi encontrado enrolado em um lençol em sua própria casa, no condomínio Villa Borghese, no bairro Copacabana, na Pampulha, em BH. Se não bastasse a crueldade, a principal suspeita do crime é a neta da vítima, de 17 anos, que nos últimos meses continuou frequentando a casa normalmente, inclusive dando festas animadas no local onde o corpo da avó se decompunha.

A Polícia Militar (PM) foi acionada até o condomínio de luxo pela filha da vítima, de 32 anos, por volta das 17h30. Ela contou que há algum tempo vem tentando contato com a mãe, sem sucesso. Assustada com a ausência, a mulher resolveu ir até a casa, onde ninguém foi encontrado.

A filha da vítima resolveu acionar um chaveiro. Foi então que conseguiu acessar a casa, que estava muito bagunçada e tinha um mau cheiro muito forte saindo do quarto da mãe. Conforme a PM, a filha contou que tentou abrir a porta e percebeu que havia uma lona amarela lacrando a entrada com pregos. Após arrancar os plásticos, ela encontrou a mãe, enrolada em um lençol, caída ao lado da cama, que estava toda manchada de sangue.

A PM e a perícia da PC foram acionadas, constatando que o corpo já estava em avançado estado de decomposição, indicando que o crime teria ocorrido há pelo menos 20 dias. Uma faca, possivelmente usada no homicídio, foi encontrada próxima ao corpo.

Vizinhos

Em conversa com moradores e funcionários do condomínio, os policiais descobriram que o odor que exalava da casa podia ser sentido desde o início do ano. As testemunhas disseram que a vítima há muito não era vista, mas que todos viram a neta várias vezes na casa, em alguns momentos fazendo festas. O último evento promovido por ela teria ocorrido, de acordo com os vizinhos, há 15 dias.

Os levantamentos iniciais da PM indicam diversos gastos nos cartões pessoais da vítima, que era viúva de um coronel da reserva e recebia pensão mensal de aproximadamente R$ 30 mil. Familiares tentaram contato com a suspeita, após a descoberta do crime, porém, ela não foi localizada. O corpo da mulher foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

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