Homem faz a mulher refém, leva disparos de Taser e se esfaqueia

Um homem de 33 anos morreu, na madrugada da última sexta-feira (12/4), após fazer a companheira refém com uma faca na zona leste de São Paulo. Ian Nunes do Amaral foi contido por policiais militares com disparos de taser e, na sequência, começou a desferir golpes de faca contra o próprio pescoço. Ele foi socorrido no Pronto Socorro do Tatuapé, mas não resistiu aos ferimentos.

Um vídeo gravado por uma testemunha mostra o momento em que Ian imobiliza a namorada, com o braço em volta do pescoço dela, no meio de uma avenida. Os policiais aparecem e começam a negociar a libertação da vítima com o homem, que segue fazendo ameaças, aparentemente descontrolado.

Em certo momento, um dos policiais dá um tiro com a arma de choque elétrico, conhecida como Taser, nas costas de Ian. Em seguida, outro policial faz mais um disparo, enquanto a mulher é afastada do companheiro. É possível ouvir um terceiro disparo.

Ian continua descontrolado e, depois dos choques, começa a se esfaquear. São pelo menos 15 golpes contra o próprio pescoço. O Metrópoles optou por retirar o trecho do vídeo em que o homem se flagela.

A mulher relatou à polícia que vivia em união estável com Ian e que ele havia usado cocaína naquela noite. Segundo o depoimento, a discussão começou justamente porque o homem tinha usado a droga, o que a deixou “indignada com a situação”.

Ela havia dito a Ian que iria na farmácia, localizada na Avenida Celso Garcia, próxima à residência do casal. No entanto, o homem “relutou” em deixá-la ir, e a acompanhou “em posse de uma faca”. Ainda segundo o depoimento da mulher, foi o próprio Ian quem acionou a Polícia Militar (PM).

O homem foi levado ao Hospital Municipal do Tatuapé, em “estado delicado de saúde”, conforme aponta o boletim. Na manhã do dia seguinte, foi informado à polícia que ele havia morrido.

Questionada sobre o uso dos Tasers pelos agentes, a Polícia Militar informou que não será instaurado Inquérito Policial Militar porque a corporação não identificou qualquer conduta irregular dos agentes envolvidos.

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