Morre a bebê de 6 meses agredida pelos pais codoenses em Trindade (GO).

A menina foi brutalmente agredida pelos pais e teve 12 fraturas pelo corpo. Ela estava em coma e respirava com a ajuda de aparelhos no hospital em Goiânia.

Morreu na manhã desta terça-feira (10/3), em Goiânia, a bebê de seis meses que foi agredida pelos pais, em Trindade. Ela estava internada no Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) desde o último dia 5 de março.

A morte foi confirmada no início da tarde de hoje (10/3) pela assessoria do hospital. Confira a nota na íntegra divulgada:

“É com pesar que a direção do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) informa que a bebê S.S.C.S., de seis meses de vida, veio a óbito na manhã desta terça-feira, 10 de março, às 10h09. A paciente deu entrada na unidade no dia 5 de março (quinta-feira), por volta das 11h, vítima de espancamento e maus-tratos. Com o estado de saúde gravíssimo, a bebê estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do HMI.”

Nesta segunda-feira (9/3) o estado de saúde da bebê ainda era gravíssimo e ela se encontrava em coma, sem previsão de alta, conforme informado pela assessoria. A bebê era agredida pelos pais Codoense Identificados por Hudson Conceição de 24 anos, vulgo Doidão e Yasmin de 18 anos Vulgo Mini do Povoado Pirambeba em Codó MA.

Um laudo pericial prévio feito pelo Instituto Médico Legal (IML) aponta que uma bebê de seis meses, era agredida repetidamente pelos pais. Os genitores da criança, que têm 24 e 18 anos, foram presos em flagrante por tentativa de homicídio, na última sexta-feira (6), em Trindade.

O laudo, assinado por um médico legista, informa que foram constatadas 12 fraturas em várias partes do corpo da neném. Além disso, há marcas de queimaduras e as lesões se diferem entre antigas e recentes. Além disso, o documento ressaltava que a criança corria “grande risco de morte” . Entre as descrições do documento destaca-se o seguinte: “Hematomas craniano, dorso em membros (…); múltiplas fraturas de ossos (…), costelas em várias fases de evolução (agressões repetidas); múltiplas lesões de queimaduras em várias fases de evolução (…) (tortura em meio cruel).”

Oa Pais

Segundo a delegada que está à frente das investigações, Renata Vieira, durante depoimento, o homem alegou que não sabia das agressões, pois saía para trabalhar. Além disso, relatou que as queimaduras eram causadas por cera da vela, que caía sobre a criança. Já a genitora da criança contou que o companheiro não tinha paciência para o choro da bebê e que estava desempregado. “A menina nasceu em setembro do ano passado de forma prematura. Ela passou duas semanas internada. Ela me contou que qualquer motivo virava uma briga e motivo para agredir a criança. Além disso, a bebê tinha apenas três quilos”, ressalta a delegada.

Desta última vez em que a criança foi agredida, segundo Renata, a jovem contou que o pai da menina teria ingerido bebida alcoólica e voltou para a casa. Nesse momento, teria tentado dar mamadeira à filha, que não quis, pois estava com a garganta machucada. Devido à isso, o homem começou as agressões e chegou a bater a cabeça da criança contra a madeira da cama.

“Ela contou que ele sempre dava tapas nas costas da criança, mas o tamanho do roxo que há no local leva a crer que a bebê foi vítima de murros. Apesar de falar isso, a gente nota que ela não tem um pingo de responsabilidade e que não demostrou nenhuma iniciativa para que as agressões não ocorressem. Além disso, temos a informação que ela era agredida pelo companheiro”, pontua Renata.

“É impossível a gente não se emocionar. Notamos que a mãe era extremamente irresponsável com essa criança. Eu tenho filhos. É uma brutalidade feita com essa criança até difícil de aceitar. Vizinhos relatavam que essa jovem ficava o dia todo na calçada. Ou seja, essa menina era constantemente desassistida pela mãe”, desabafa a delegada

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