“Na semana passada, o PT e outros partidos siameses pediram a censura de 34 perfis no Twitter, entre eles o da Revista Oeste”, escreve Paula Leal, em reportagem publicada na Edição 134. “A bomba foi anunciada por um veículo de comunicação, que fez questão de aplaudir a tentativa de amordaçar parte da imprensa, jornalistas e formadores de opinião. Sem ter acesso ao conteúdo da representação, Oeste buscou amparo jurídico para exercer seu direito de defesa. A prática de não dar acesso integral ao processo, aliás, tem se tornado recorrente no Judiciário brasileiro. O maior exemplo é o inquérito das fake news, em que as partes não sabem nem por qual crime estão sendo acusadas.”
O texto mostra que a ofensiva contra a liberdade de expressão promovida pelo PT não surpreende. “Há muito o Partido dos Trabalhadores age com um modus operandi próprio: a cúpula trabalha para provocar uma avalanche de ações judiciais e tentar estrangular o trabalho da mídia crítica à esquerda”, diz Paula. “Para ter uma ideia, por dia, o jurídico da campanha de Lula entra com uma média de cinco representações contra supostas fake news no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).”
Para o jurista Fabrício Rebelo, “toda a narrativa desse último pedido do PT pode ser resumida num argumento: o de que os perfis denunciados são relevantes e criticam a esquerda, razão pela qual deveriam ser calados”.
Revista Oeste
A Edição 134 da Revista Oeste vai além do texto de Paula Leal. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Augusto Nunes e Silvio Navarro, J.R. Guzzo, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, Rodrigo Constantino, Edilson Salgueiro, Cristyan Costa, Ubiratan Jorge Iorio, Theodore Dalrymple, Dagomir Marquezi, Fraser Myers, Bruno Meyer e Jorge Seif.
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