Da: BBC
O astronauta americano Scott Kelly, que retornou do espaço na semana passada depois de passar quase um ano na Estação Espacial Internacional (EEI), diz sentir fortes dores pelo corpo.
Sente tanta dor nos músculos e articulações que mal consegue dizer onde dói.
“Estou surpreendido pela diferença entre como me sinto agora, fisicamente, em comparação com a primeira missão em que estive”, diz em entrevista poucos dias após voltar à Terra.
Kelly passou quase um ano na Estação Espacial Internacional com o cosmonauta russo Mikhail Kornienko. Na outra missão, Kelly ficou no espaço por 159 dias.
O que torna a viagem de Kelly particularmente interessante não são apenas os 340 dias que ele passou na EEI ou as 5.440 voltas que deu ao redor de nosso planeta, mas o fato de seu irmão gêmeo, Mark Kelly, ter ficado na Terra para que fosse estudado o impacto psicológico e fisiológico de uma viagem longa no espaço sobre o corpo humano.
Uma das primeiras mudanças visíveis foi que havia superado seu irmão em altura – tinha 3,81 cm a mais que ele.
Mas poucos dias depois de voltar à Terra – e à força da gravidade -, Scott já tinha voltado ao tamanho normal.
O coração continua bombeando a mesma quantidade de sangue para as extremidades, mas os vasos sanguíneos das pernas não têm que trabalhar tanto para bombear sangue de volta para o coração.
No espaço, os astronautas perdem volume de sangue, razão pela qual Scott recebeu uma transfusão de sangue após o retorno.
Outro problema que os astronautas experimentam é uma inflamação na parte posterior do olho enquanto estão no espaço. Isso causa problemas de visão que podem durar um tempo após o retorno à gravidade.
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