Roseana quer tirar 312 mil maranhenses da pobreza com programa de investimentos

Incentivar novos empreendimentos, revisar a cobrança de impostos aos mais
necessitados, retomar os programas sociais, os investimentos na saúde e fomentar o
turismo e a cultura. Estas foram as principais ações que a ex-governadora e candidata
ao Governo do Maranhão, Roseana Sarney, destacou na entrevista ao jornal o Estado
do Maranhão, como plano de governo que pretende executar para gerar emprego e
renda e atender 312 mil maranhenses que voltaram para a pobreza extrema no atual
governo.
Roseana ressaltou que hoje o Maranhão tem mais de 400 mil desempregados,
o sistema estadual de saúde está falindo, os programas sociais foram extintos. No
interior do Maranhão, centenas de carros e motos que na maioria eram usados para
gerar renda familiar foram retirados dos trabalhadores e sendo leiloados.
“Conseguimos tirar em torno de 500 mil pessoas da pobreza. Agora me deparo
com os dados do IBGE, após três anos, que mostram 312 mil maranhenses que
voltaram para a linha de pobreza. Isso é uma coisa absurda. Está no nosso programa
colocar o Maranhão nos trilhos do desenvolvimento, com incentivos a
empreendedores, e a retomada dos programas sociais, além da implementação de
outros como o Programa Viva Gás”, disse Roseana.
Na sabatina, que contou com os jornalistas, Marco D’Eça, Linhares Junior e
Carla Lima, Roseana disse que em seus governos anteriores trouxe R$ 100 bilhões de
investimentos para o Maranhão, com a geração de mais de 200 mil empregos.
“Fomentamos a agroindústria, o porto foi modernizado, as estradas foram construídas,
trouxemos empresas nacionais para o estado. Ações que ajudam a trazer
desenvolvimento e emprego. Em tempo de crise não se aumenta imposto. Em
momento de crise o governo tem que ser criativo”, afirmou.
Segurança – Em resposta aos internautas e jornalistas, Roseana lembrou que deixou
um efetivo de 9 mil policiais militares e afirmou que convocará os concursados que já
estão habilitados para a função. Ela defendeu a criação de um conselho composta
pelas polícias Federal, Militar, Rodoviária, Civil e o Poder Judiciário com a finalidade de
discutir as formas de melhor atuação na área de segurança pública e o
reaparelhamento da polícia.

“Num governo sério não se faz acordo com bandido, não quero envolver nada
numa nuvem. Meu governo sempre foi muito aberto e sincero com as pessoas, pela
confiança que os maranhenses têm em mim. No meu governo não terá aniversário de
facções, isso é um exemplo péssimo para o Brasil”, falou.
Escolas dignas – Ao falar de educação, Roseana adiantou que estuda a oferta de cursos
profissionalizantes no ensino médio, além de voltar a qualificar, capacitar e pagar
salários dignos aos professores. Ela destacou que no programa do seu governo
anterior já constava a reforma e construções de escolas, com recursos assegurados
pelo BNDES. “Deixei em caixa de planejamento estratégico para o governador R$ 1,9
bilhão, tendo uma rubrica na educação de cerca de R$ 400 milhões para construção de
escolas, reformas de colégios, além de bibliotecas”, informou Roseana. “Fizemos a
reforma e modernizamos mais de 440 escolas”, completou.
Saúde – Roseana destacou a construção de 72 hospitais pelo seu governo, dos quais 62
foram construídos e dez ficaram em construção, em estágios bastante adiantados,
entre eles os de Pinheiro, Caxias, Balsas, Imperatriz, Chapadinha. Onze UPAS foram
construídas e deixadas em pleno funcionamento na gestão da ex-senadora.
“Mas infelizmente os hospitais, principalmente de pequenos portes, estão
parados. Por isso esse absurdo de cobertura vacinal, de apenas 35% em 2017. Acho
uma maldade o que fazem com as pessoas do interior, nos casos de diabetes, pressão
arterial, partos que poderiam ser tratados no município. Com certeza retomarei com
força o Programa Saúde é Vida”,firmou Roseana.
Ela revelou ainda que havia verbas para construção e manutenção de sete
centros de hemodiálise, dentre eles os de Chapadinha e Pinheiro. “Quando você é
eleito gorvernador, tem que atender a todos os municípios. Sempre fui governadora
de todos os maranhenses e não de um partido. Nesse aspecto tenho recebido
reclamações de prefeitos que dizem que são perseguidos, inclusive na área de saúde”.
Ainda durante a entrevista, Roseana disse que infraestrutura é
desenvolvimento e aquece a economia, no que se refere a agronegócios, por exemplo.
E citou inúmeras rodovias estaduais, vicinais, viadutos na capital construídos em seus
governos, além de obras de saneamento básico.
Cultura e Turismo – Roseana classificou de triste o atual momento da cultura no
Maranhão. Para ela, o estado é culturalmente muito rico e, agregado ao turismo, é
uma potência na geração de emprego e renda. “Tudo está parado, não temos mais as
festas juninas, os festejos folclóricos no interior do estado perderam o apoio do
estado. Temos que revitalizar a nossa cultura, o Centro Histórico, afinal São Luís é
Patrimônio da Humanidade, temos que fazer valer esse título”, enfatizou. No setor
turístico, a candidata do MDB foi lembrada por ter construída a rodovia que liga São
Luís a Barreirinhas, que expandiu a Região como polo turístico.
Ao final da sabatina, a candidata agradeceu a oportunidade de participar da entrevista,
as opiniões e a participação dos internautas. “Tenho esperança de voltar a governar,
porque tenho condições e experiência, temos o objetivo de colocar o Maranhão nos
trilhos, de volta ao crescimento e ao desenvolvimento. Ocupar o lugar que merece
nacionalmente”, finalizou Roseana.

Aluísio quer que Maranhãozinho seja submetido a teste de alfabetização

O deputado estadual e candidato à Câmara dos Deputados, Josimar Cunha Rodrigues, o Josimar de Maranhãozinho ou Moral da BR (PR), é alvo de representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão que pode obrigá-lo a se submeter a um teste de alfabetização e ditado, para provar que não é analfabeto e cumpre uma exigência constitucional — de saber ler e escrever — para aqueles que pretendem ocupar cargos eletivos.

Segundo denúncia formulada ao TRE/MA e à Polícia Federal pelo deputado federal Aluísio Mendes (Pode), integrante da bancada da Lava Jato na Câmara e que concorre à reeleição, Maranhãozinho teria apresentado documentos escolares supostamente fraudados à Justiça Eleitoral, quando de seu pedido de registro de candidatura à Câmara Baixa. Em caso de condenação, a denúncia de Aluísio pode tanto impedir que o deputado do PR concorra à Câmara quanto resultar em até uma sentença de cinco anos de reclusão.

Também por iniciativa do Podemos, Josimar de Maranhãozinho já é alvo de inquérito na PF por suposta falsificação da mesma documentação, apresentada à Corte Eleitoral na eleição de 2014. De acordo com a denúncia, para concorrer naquele pleito, Maranhãozinho apresentou comprovante de escolaridade do ensino fundamental suspeito, não apresentou comprovante de ensino médio e ainda juntou uma suposta matrícula em curso superior na Universidade Anhanguera.

Agora, no pedido de registro de candidatura nas eleições de 2018, Maranhãozinho mudou seu nível de escolaridade e o respectivo comprovante.

“O comprovante de escolaridade apresentado agora é diferente do que foi usado nas eleições de 2014, o que mostra a continuidade delitiva e a livre consciência para burlar a lei eleitoral”, afirma Aluisio Mendes.

A denúncia pede que Josimar de Maranhãozinho seja submetido ao teste de alfabetização perante o juiz do TRE/MA, para saber se ele detém as condições mínimas exigidas para ser candidato e, independente do julgamento do seu registro de candidatura, já foi protocolado contra ele um segundo pedido de inquérito na Polícia Federal, para analisar os documentos apresentados à Justiça Eleitoral.

Fonte: Atual 7

O tapetão do Maranhão: como é a disputa eleitoral entre o governador Flávio Dino e o clã Sarney

O casal de aposentados José Ribamar da Silvana, de 71 anos, e Luiza Helena de Medeiros, de 58, mora na Rua 7 de setembro, no bairro da União, em Coroatá, município do Maranhão, a 250 quilômetros de São Luís. Em frente à casa deles, uma cratera rasga quase de ponta a ponta a rua. O buraco deixa à mostra o antigo calçamento de pedra e terra e surgiu, segundo os moradores, pouco tempo depois de as máquinas de uma empresa contratada pelo governo de Flávio Dino (PCdoB) terem asfaltado, em setembro de 2016, ruas do bairro.

Faltavam duas semanas para as eleições municipais quando as máquinas chegaram para executar o programa Mais Asfalto, uma das ações do governo Dino. Candidata à reeleição, a então prefeita, Teresa Murad, não gostou. Acusou o governador de agir para beneficiar seu adversário nas urnas, o petista Luis da Amovelar Filho. Concunhada e aliada da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), Teresa Murad deu ordens aos servidores da prefeitura para bloquear os tratores. Reivindicação popular antiga, a pavimentação só saiu com escolta policial. Passada a eleição, o buraco apareceu e nem prefeitura nem o governo do estado voltaram para impedir sua transformação em cratera. “Bastou passar um carro mais pesado para abrir esse buraco. Político só serve durante as eleições. Depois de 2016, nunca mais apareceram para arrumar a rua”, relatou Ribamar.

O embate político entre Dino e o clã dos Sarney em torno do asfalto de Coroatá, porém, continuou e ganhou neste ano nova temporada. No começo deste mês, a juíza da cidade, Anelise Nogueira Reginato, de primeira instância, assinou uma sentença que cassa o prefeito Luis da Amovelar Filho e o vice e decreta a inelegibilidade de Dino por abuso de poder econômico, político e administrativo. “A obra poderia ser lícita e benéfica à população, mas ela foi utilizada pelo governo do estado como propaganda, atrativo, cooptadora de votos da campanha dos então candidatos a prefeito e vice-prefeito de Coroatá”, frisa a juíza na decisão, assinada no dia 6 de agosto.

Coroatá é o reduto político de Ricardo Murad (PRP), marido da ex-prefeita Teresa e irmão de Jorge Murad, marido de Roseana Sarney, principal adversária de Dino neste ano. Por isso, a sentença da juíza Reginato foi encarada por Dino como uma manobra do clã Sarney para recuperar o governo do estado no tapetão judicial. “A doutora Anelise chegou à cidade há quatro meses. Ela é magrinha, bonita, elegante e muito simpática”, descreveu Luis da Amovelar. Pai do prefeito, é quem, de fato, comanda Coroatá.

A cidade de 64 mil habitantes, a 19ª maior do Maranhão, segundo projeções do IBGE, tem IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, de 0,57 — 99º lugar entre os municípios maranhenses — e economia fortemente dependente do Bolsa Família. Sua política é um microcosmo da situação do Maranhão, em que o poder é disputado pelo clã Sarney e pela “oposição” liderada por Dino, como os aliados do governador, vez ou outra, ainda se referem a si próprios depois de mais de 50 anos de controle político do estado pelos adversários.

Do alto de seu 1,60 metro de altura, Amovelar mandou oficialmente em Coroatá entre 2005 e 2012, depois de vencer uma disputa comparada na cidade à luta de Davi contra Golias. No palanque adversário, Ricardo Murad, com fama de sisudo, pedia votos para a filha Andrea Murad (PRP), hoje deputada estadual. “Olha para ela, gente. Coroatá vai mesmo deixar de votar nesta menina bonita para eleger esse orelha de rato?”, perguntava Murad.

Vitorioso, Amovelar, nome de sua rede de lojas de móveis que virou sua assinatura, deixou a prefeitura com uma série de processos. Em um deles, foi condenado por desvio de verbas públicas e se tornou inelegível. “Nossa gestão foi a mais atrapalhada que você possa imaginar. Entrei na prefeitura sem nem saber que tinha de fazer licitação”, admitiu. Sem poder concorrer em 2016, quem disputou foi o filho. “Eu fico à frente (da prefeitura) porque ele é muito jovem e sem experiência. E, na campanha em si, já foi falado que eu estaria auxiliando”, contou Amovelar.

A dupla segue à frente da prefeitura, à espera do julgamento de recursos contra a sentença de Reginato. Com 23 anos, o filho prefeito ainda mora com o pai. A reportagem de ÉPOCA tentou falar com Luis da Amovelar Filho antes de se encontrar com o pai. Foi informada de que ele estava se arrumando para um almoço com candidatos a deputado. Vestido com uma camisa polo, gel no cabelo e cordão de ouro, chegou uma hora depois e perguntou se o pai havia “esclarecido a história da cassação”.

Após a sentença da juíza Reginato, Amovelar recebeu uma ligação do Palácio dos Leões, a sede do governo estadual. “‘Luis, o que está acontecendo em Coroatá? Seu filho está cassado?’”, contou Amovelar, sobre o que ouviu. Em poucos minutos, a cidade virou um furdunço. Moradores foram para a porta da casa dos Amovelars para entender o que ocorria. O pai foi ao fórum na tentativa de conversar com a juíza, mas só viu a porta pela frente. Reginato tem uma casa em Coroatá, mas vive em São Luís, para onde foi logo depois da decisão.

A poucos quilômetros da casa do prefeito fica o sítio dos Murads em Coroatá. Segundo relatos da vizinhança, um vigia e um “cuidador” passam mais tempo por lá que o ex-prefeito. Na cidade, dizem que ele só é visto com mais frequência durante as eleições. Hoje, há poucos Murads na cidade, mas a família conserva sua força política. Ela pode ser atestada na divisão da Câmara Municipal, na qual Murad ainda tem o apoio de sete veradores, em comparação com oito de Amovelar. “Somos meio a meio aqui”, disse Amovelar. A praça em frente à prefeitura de Coroatá leva o nome de José Sarney.

Murad não quis dar entrevista a ÉPOCA. Alegou estar envolvido com um julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, que decretou sua inelegibilidade na última terça-feira, dia 21 de agosto, numa ação referente às eleições de 2012. A Corte confirmou sentença da juíza Josane Araújo Farias, antecessora de Anelise Reginato em Coroatá. Segundo Farias, como secretário de Saúde no governo de Roseana, Murad abusou de poder político e usou a máquina pública a favor da candidatura de sua mulher, Teresa Murad, à prefeitura de Coroatá. Com a confirmação do TRE, a candidatura a deputado federal de Murad deverá ser barrada pela Justiça eleitoral.

Enquanto os moradores de Coroatá ainda tentavam entender se Amovelar era ou não prefeito, o governador digeria a notícia com nervosismo. Em poucos minutos, ele, advogados e secretários começaram a levantar a ficha da juíza. Primeiro, descobriram que a juíza é de Curitiba e curtiu no Facebook páginas relacionadas ao juiz Sergio Moro da Lava Jato. “Deve ser fã do Sergio Moro e está nessa onda de super-herói da nação”, pensou de imediato um dos auxiliares de Dino.

Os aliados do governador dizem também ter descoberto no Facebook uma postagem de 2012 na qual a juíza diz se sentir em casa numa empresa de Sarney. Reproduziram a publicação numa representação do PCdoB contra Reginato no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A turma de Dino ainda levantou declarações de um deputado estadual, na tribuna da Assembleia, em apoio ao marido da juíza. Edilázio Júnior (PV) é genro de um irmão do ex-presidente José Sarney.

A juíza apagou seu perfil na rede. Fez boletim de ocorrência em que se diz vítima de uma montagem. “Registrei ocorrência policial para apurar montagem feita com foto do meu perfil social e estou aguardando a elaboração do laudo respectivo, que é confeccionado por perito especialista em fake news”, relatou a ÉPOCA. Ela não quis dar entrevista. Mandou apenas uma mensagem, em que disse que “não tem vínculo com qualquer das partes”. “Se tivesse, teria me declarado suspeita ou impedida”, afirmou. Sobre as contestações à decisão, ela disse que “qualquer irresignação — tanto de cunho processual quanto extraprocessual — quanto à decisão pode ser objeto de recurso. Depois de prolatada a decisão, não cabe ao juiz defendê-la. Esse interesse, ou o de mudá-la, cabe exclusivamente às partes”. Na quinta-feira (23), o CNJ decidiu arquivar a representação contra a juíza. O ministro João Otávio de Noronha diz que “não há nos autos elementos probatórios mínimos de falta funcional praticada pela juíza requerida aptos a ensejar a atuação da Corregedoria Nacional de Justiça”.

Para Dino, por trás da juíza está a tentativa do grupo Sarney de voltar ao poder depois de ter sido derrotado em 2014. “Tentar alguma coisa inusitada, fantasiosa, infelizmente, faz parte da trajetória deles. Para começar, a ação é do cunhado da Roseana”, disse. A chapa de Teresa Murad representou contra Amovelar Filho e o governador logo depois da confusão no bairro da União. “As relações muito íntimas que a juíza mantém com o grupo Sarney são normais no plano privado, mas deveriam ter levado à suspeição”, disse o governador.

Juridicamente, disse Dino, juiz federal de carreira, a decisão é “disparatada”. Ele alegou que Reginato desrespeitou o Código de Processo Civil, porque a juíza usou como prova um vídeo de 2018 que ela própria achou na internet e sobre o qual a defesa só tomou conhecimento na sentença. Segundo Dino, a magistrada juntou ao processo uma prova considerada cabal para lhe aplicar uma sanção e não o ouviu.

A ação não estava no radar do grupo de Dino. Lançado em 2015, o Mais Asfalto é alvo de outras representações referentes às eleições de 2016. Em um dos processos, com origem em outra cidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão foi contrário à condenação dos envolvidos, e, por isso, o governador se julga tranquilo. “Esse programa fez obras em quase todas as cidades do Maranhão. É claro que partidários locais politizam para um lado ou outro. Mas não houve ingerência, intromissão, participação ou qualquer uso da máquina do governador a favor desse ou daquele candidato”, disse Carlos Sérgio Barros, advogado de Dino.

Para o grupo Sarney, a decisão da juíza foi um prato cheio. No dia seguinte, um vídeo circulava no WhatsApp reunindo as chamadas em sites e jornais com a palavra “inelegível” em destaque. Na guerrilha de blogueiros apoiadores dos dois lados, os contrários a Dino divulgaram textos em que cravavam que sua candidatura estava impugnada. O governador cobrou dos auxiliares um recurso imediato ao TRE. Foi avisado de que a Corte dificilmente daria uma decisão rápida.

Na matemática da equipe de Dino, em consonância com especialistas ouvidos pela reportagem, é praticamente impossível que a sentença tenha efeito em outubro. Isso porque ela precisa ser confirmada pelo TRE, que está dando prioridade aos processos referentes às eleições de 2018. Eleito, Dino não corre o risco de perder o cargo por essa ação. Se o TRE confirmar sua inelegibilidade, ela só valerá para as próximas eleições. O governador acredita que conseguiu conter o estrago político ao usar as redes sociais para afirmar que a decisão não terá impacto nas eleições de 2018.

Dino derrotou Edison Lobão Filho, apoiado pela família Sarney, em 2014. Roseana Sarney renunciou dias antes de ele tomar posse para não ter de transmitir diretamente o bastão a ele. O grupo estava no poder, com pouquíssimas derrotas, desde janeiro de 1966, quando o ex-presidente José Sarney assumiu o governo do estado. Antes de Dino, o primeiro insucesso contundente da família foi para Jackson Lago, em 2006. O grupo, no entanto, conseguiu reverter o fracasso nas urnas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou o governador em 2009 e levou Roseana Sarney ao comando do estado numa decisão questionada por especialistas.

Aos 88 anos, Sarney investe pesado nestas eleições. Depois de quase 28 anos com domicílio eleitoral no Amapá, voltou a ser eleitor do Maranhão no início do ano. Sua mansão no bairro Calhau, em São Luís, cujos reflexos do abandono nos últimos anos estão nos muros mal pintados, voltou a ser ponto de encontro do ex-presidente com líderes e empresários. Segundo relatos, Sarney não era visto por tanto tempo no Maranhão havia anos. Em sua coluna semanal no jornal Estado do Maranhão, de sua propriedade, reforçou os ataques a Dino.

Com a máquina do governo estadual nas mãos, Dino tornou a vida dos Sarneys mais difícil. Ele chega à candidatura à reeleição com o apoio de 16 partidos, sete a mais do que tinha há quatro anos. Sarney viu seu grupo desmanchar. A quantidade de partidos na chapa de Roseana minguou para seis. Em 2014, Lobão Filho, candidato do grupo na disputa contra Dino, reunia 18 legendas.

Para tentar conter a debandada, o ex-presidente procurou presidentes nacionais de partidos que fecharam com Dino. Foi a Ciro Nogueira (PI), do PP. Procurou ACM Neto (BA), do DEM. Segundo políticos do DEM maranhense, Sarney cobrou do prefeito de Salvador a promessa de seu avô, Antonio Carlos Magalhães, de eterna aliança entre o MDB e o então PFL no estado. Depois da cobrança, de acordo com seus correligionários, ACM Neto comentou: “Então tá. Pede para o meu avô falar comigo”. O avô faleceu em 2007. ACM Neto não respondeu a ÉPOCA.

Na tentativa de se manter no poder, famílias tradicionais na política do Maranhão pularam para o barco de Dino, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas de institutos locais, com chance de vitória em primeiro turno. É o caso de André Fufuca (PP), segundo vice-presidente da Câmara, que faz campanha com a foto do governador. Prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Fufuca Dantas, pai do deputado, foi aliado de Sarney por anos. Gerações mais antigas também desembarcaram. É o caso do ex-ministro do Turismo Gastão Vieira. Em atrito com os senadores do estado, ele deixou o MDB rumo ao PROS e, agora, pede votos para deputado federal na chapa de Dino.

Com a chapa esvaziada, Roseana Sarney tem passado aperto na campanha. Em um dos primeiros eventos depois da formalização de sua candidatura, ela se atrasou em quase três horas para chegar ao bairro Anjos da Guarda, na periferia de São Luís, onde a família acreditava conservar força. O burburinho era que a equipe da ex-governadora segurava a chegada dela com a expectativa de o local lotar. Não adiantou. Com uma plateia de cerca de 300 pessoas, o vazio do fundo do galpão enquanto a ex-governadora discursava era evidente. A equipe de Roseana culpou a falta de dinheiro para a eleição e a “desorganização típica de início de campanha”.

Na chapa, Roseana carrega figuras conhecidas do eleitorado maranhense. Os candidatos a senador são Sarney Filho (PV), irmão dela, e o senador Edison Lobão (MDB), que tem como suplente o próprio filho Edison Lobão Filho. Os adversários na chapa de Dino, Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), sonham em derrotar a dupla com o discurso de que representam a nova política, contra uma “chapa centenária”. Em resposta, Lobão e Sarney Filho tentam pregar que a “experiência faz a diferença”.

Alternando o comando entre três famílias — Sarney, Murad e Lobão —, o grupo não conseguiu fazer a transição política para novos nomes e virou refém de si mesmo. Roseana resistia a disputar o governo. Só foi convencida depois de apelos do pai, que a apontava como única alternativa entre os aliados para garantir a sobrevivência do grupo.

Questionada sobre a tentativa da família Sarney de voltar ao poder, Roseana reclama do que chama de “preconceito” contra o sobrenome que carrega. “Tenho nome e sobrenome. Gostaria que começassem a respeitar o meu nome, não a família. A família é uma coisa. A Roseana é outra”, disse. Ela negou influência na decisão da juíza Reginato. Disse que não a conhece. “Jamais vi na vida.”

Em comum, Dino e Roseana têm levado o nome do ex-presidente Lula para os eventos da campanha. Em uma caminhada pela Raposa, município da região metropolitana de São Luís, o público se empolgou quando um dos aliados de Dino gritou “Lula livre”. O mesmo ocorreu em Anjos da Guarda, quando Roseana disse que seu candidato à Presidência é Lula. Em mais uma derrota para ela, o vice do ex-presidente, Fernando Haddad, que deverá ocupar o lugar do petista na disputa, gravou vídeo em que reforça que Dino é o candidato de Lula no estado.

Para o governador, o grupo Sarney ainda apresentará surpresas na campanha. “Quando entro em campanha contra eles, sempre estou preparado. Essa (a inelegibilidade) é a primeira tentativa de muitas que virão”, disse. Em termos de ações, a disputa promete ser acirrada. Um aliado de Dino entrou com pedido de impugnação da candidatura de Roseana, em que ela é acusada de ser sócia de empresas com contratos com o poder público nos seis meses anteriores às eleições.

Dino não pode ser chamado de desprevenido. Cunhada de Sarney, a desembargadora Nelma Sarney seria, pelo critério de antiguidade, eleita presidente do Tribunal de Justiça do estado no ano passado. Quebrando a tradição, os colegas elegeram José Joaquim Figueiredo dos Anjos, numa derrota do clã Sarney no Judiciário, onde tradicionalmente tem grande influência. O governador negou ingerência em outros Poderes, mas a família atribuiu a perda à forte atuação de Dino.

Fonte:  Revista Epoca

Em campanha, Bolsonaro monta em cavalo e é ovacionado na Festa de Barretos

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi ovacionado na noite deste sábado (25) ao entrar na arena da Festa do Peão de Barretos (SP) montado em um cavalo.

A aparição encerrou uma série de campanha do deputado federal no interior paulista, iniciada na última quarta (22), em Presidente Prudente.

Bolsonaro não discursou durante a passagem pela tradicional festa de Barretos, como fez no ano passado, quando recebeu aplausos e vaias. O evento começou no último dia 16 e se encerra neste domingo (26).

O candidato do PSL chegou por volta das 21h ao Parque do Peão e logo subiu ao palco armado na arena. Inicialmente, quando ainda não havia aparecido no telão, a reação do público foi fria.

Ele então decidiu descer do palco e subir em um cavalo, na garupa de outro cavaleiro, e recebeu aplausos e gritos de grande parte dos presentes.

Durante o trajeto, ele acenou aos apoiadores e chegou a fazer gestos com os dedos das mãos como se estivesse atirando com uma arma.

Depois de uma “volta olímpica” pela arena, ele desceu do animal e subiu novamente, desta vez sozinho. O início foi brusco, o cavalo pegou velocidade e o chapéu de Bolsonaro caiu no chão.

Aliados do candidato comemoraram efusivamente o desempenho dele e a reação do público. Em seguida, ele percorreu o parque passando pelas milhares de pessoas que circulavam pela área, cercado por seguranças.

Entre surpresa e excitação, muitos abordaram o deputado e tiraram fotos com ele. Poucos manifestaram rejeição à presença de Bolsonaro.

Na saída do evento, ele agradeceu o “calor humano e o carinho de todo o povo que gosta e tem o rodeio como uma cultura que tem que ser preservada”.

Instado a comentar se ficou impressionado com alguma coisa, ele disse que os jornalistas podiam falar melhor do que ele como o povo o tratou. “É sinal de que eles confiam em mim, e eu acredito no povo brasileiro”, declarou.

Durante os cerca de 20 minutos em que ele andou no meio dos peões e peoas, a reportagem presenciou apenas um homem gritando “Lula livre”, grito de guerra em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e “fascista”, contra Bolsonaro.

Mais cedo, ele almoçou a tradicional Queima do Alho, comida típica protagonista de concurso realizado pela Festa do Peão, participou da cerimônia de aniversário de Barretos, que completou 163 anos neste sábado, e visitou o Hospital do Amor (antigo Hospital do Câncer).

UOL

ROBERTO ROCHA E ROGÉRIO PITBULL MOSTRAM FORÇA EM BACABAL

Uma grande festa foi realizada em Bacabal, neste sábado, para receber o candidato ao governo do estado pelo PSDB, senador Roberto Rocha, que esteve na região por ocasião da inauguração do comitê do candidato a deputado estadual Rogério Pitbull (PSDB), que mobilizou pessoas de vários municípios. Em frente ao Centro Cultural de Bacabal, onde foi realizada a concentração, o ônibus da Caravana da Esperança era aguardado por outras caravanas provenientes de São Luís, Itapecuru, São José de Ribamar, Peritoró, Lago Grande, Lago Verde, Bom Lugar, Paco do Limiar, entre outras localidades.
Ao chegar, Roberto Rocha se juntou a Rogério Pitbull e lideranças das regiões vizinhas. Do centro Cultural, a grande multidão formada por carros e motos, seguiu pelas ruas da cidade, passando pela rua Osvaldo Cruz em direção ao Bairro Ramal e Rua da Esperança, percorrendo boa parte da cidade até chegar ao comitê, onde milhares de pessoas já aguardavam para ouvir os candidatos tucanos
Após a inauguração do comitê de Rogério Pitbull, o candidato falou ao público presente, fazendo referência a Roberto Rocha como próximo governador do Maranhão: “É uma grande honra receber na nossa cidade o nosso próximo governador do Maranhão. Tenho certeza que Roberto Rocha é a melhor opção, pois ele tem propostas, tem projetos, tem um plano de governo diferenciado. Estamos juntos nessa caminhada, porque sei que ele é a melhor opção para o Maranhão”, afimou Pitbull.
Roberto Rocha, que já foi o deputado estadual mais votado de Bacabal, se pronunciou em agradecimento, por ser tão bem recebido todas as vezes que vai à cidade. Enfatizou o trabalho do candidato tucano Rogério Pitbull, que se configura na região como um dos maiores potenciais em termos de liderança política, e enfatizou a importância de projetos de crescimento econômico para o Maranhão: “Com muita alegria estamos hoje aqui nessa cidade tão querida, ao lado dessa grande liderança, Rogério Pitbull, candidato a deputado estadual pelo PSDB. Estamos aqui também porque além das pessoas, precisamos discutir o nosso estado. Precisamos discutir projetos de desenvolvimento, para que o Maranhão possa oferecer um futuro melhor para os maranhenses. O nosso povo precisa ser sócio das suas riquezas e é isso que o projeto do PSDB propõe: um governo sério, melhor, diferente, que dê condições e oportunidades para todos os maranhenses” frisou Rocha.

Zito Rolim é recebido calorosamente por lideranças políticas de Dom Pedro em festivo café da manhã

Neste sábado (25) o candidato a deputado estadual Zito Rolim esteve em visita ao município de Dom Pedro. Em um caloroso café da manhã, Zito se encontrou com diversas autoridades municipais, lideranças políticas e muitos amigos que foram prestigiar o encontro. Na ocasião estavam presentes o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Dom Pedro, Antônio Pereira, o Presidente da Associação de Moradores de Centro dos Primos, Hélio Coimbra, Ricardo Bruno, representando o Prefeito de Dom Pedro, Alexandre Costa, Dona Alvaneide, Presidente da Associação de Mulheres de Dom Pedro e o Superintendente da Juventude de Codó e anfitrião do evento, Valdeci Júnior
“Quero agradecer a todos por este encontro acolhedor. Agradecer as pessoas que saíram de suas casas, deixaram seus comércios para prestigiar este tão importante evento. Agradeço a forma carinhosa que recebem nesta manhã nosso candidato a deputado estadual Zito Rolim. Zito, Hoje lhe apresento nosso maior tesouro. Lhe apresento as famílias de Dom Pedro e nossos amigos. Seja bem vindo a nossa cidade. Peço a todos que abracem nosso projeto, sejam multiplicadores dessa idéia, para que possamos ter um representante na assembléia legislativa do Maranhão”, declarou Valdeci Júnior.
Em suas palavras, Zito Rolim agradeceu a grande receptividade do povo de Dom Pedro e falou sobre a importância de uma representatividade maior para a região na Assembleia Legislativa do Maranhão.
“A minha história me dá a tranquila consciência e me confere a confiança de falar a vocês e pedir o voto do povo de Dom Pedro e das cidades vizinhas. Nosso trabalho em Codó obteve grande aprovação, ganhou notoriedade e nos deu a possibilidade de ampliar nossos objetivos. Ampliou nossa vontade em ver, não só uma cidade, mas todo o Estado do Maranhão no caminho do crescimento e do desenvolvimento. Agradeço a todos de coração, pela presença e por confiar em nosso projeto”, concluiu Zito Rolim.

MP Eleitoral divulga lista de impugnações de candidatos onde consta o nome do ex prefeito de Codo Bine Figueiredo. Veja a lista

Ex-prefeito de Codo Nine Figueiredo

O Ministério Público Eleitoral no Maranhão protocolou, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), 63 ações de impugnação de candidatura contra 61 candidatos nas eleições 2018. As impugnações ocorreram por diferentes razões, previstas na Constituição Federal e na Lei Complementar 64/90, tais como condenações criminais e por ato de improbidade administrativa, rejeições de contas pelos Tribunais de Contas, ausência de desincompatibilização de cargos públicos, irregularidades na filiação partidária ou falta de quitação eleitoral.

Registros de candidatura apresentados após o prazo legal podem resultar em novas impugnações. Os candidatos serão intimados para contestar as impugnações, que serão julgadas pelo TRE-MA com prioridade sobre os outros processos eleitorais.
Até a data do julgamento dos registros, qualquer cidadão pode apresentar notícia de inelegibilidade ao TRE-MA e à Procuradoria Regional Eleitoral.
Confira a lista dos candidatos impugnados, com os respectivos números dos processos na Justiça Eleitoral, neste link: http://www.mpf.mp.br/ma/sala-de-imprensa/docs/lista-de-impugnacoes-de-candidatos-eleicoes-2018-63-impugnacoes/at_download/file
Para acessar a íntegra das ações de impugnação e fazer o download das peças, bem como realizar o acompanhamento processual, acesse o link do sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe) do TRE-MA e faça a busca por meio do número do processo de cada candidato.
A seguir, algumas das candidaturas impugnadas. 
 
Biné Figueiredo (PSL) – Improbidade
Chico Coelho (DEM) – Condenação Criminal
Helena Duailibe (SD) – Irregularidade de contas
Hemetério Weba (PP) – Improbidade
Ildon Marques (PP) – Improbidade
Júnior Lourenço (PR) – Irregularidade de contas
Luis Correa Rocha (PRTB) –  Contas de campanha julgadas não prestadas
Luiza Rocha (PRTB) – Irregularidade de contas e Desincompatibilização
Detinha Cunha (PR) – Condenação Criminal
Francisco das Chagas Rogério Jacome Costa (PSDB)  – Condenação Criminal
Pedro Fernandes (PTB) – Irregularidades de contas
Raimundo Nonato Lemos Cadilhe – Desincompatibilização
Raimundo Jovita – Desincompatibilização
Raimundo Monteiro (PT) –  Irregularidade de contas
Ricardo Murad (PRP) –  Irregularidade de contas
Rosângela Curado (Patriotas) –  Irregularidade de contas
Sebastião Madeira (PSDB) –  Irregularidade de contas
Sérgio Frota (PR) – Doações Ilegais
Stênio Rezende (DEM) – Condenação Criminal
Tânia Cantalice (PSL) – Desincompatibilização
Tatiana Santos Portela (PSL) – Desincompatibilização
Thais Santos Portela (PSL) – Desincompatibilização