Para reforçar as ações de prevenção contra a febre amarela no Maranhão, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), enviou 18 profissionais de saúde para as regiões de Balsas, São João dos Patos, Imperatriz e Barra do Corda. O plano de ação prevê o envio de 19 mil doses da vacina que previnem a contaminação, além de treinamentos, vistorias nas matas, borrifações com o carro fumacê. A meta é garantir que o estado permaneça sem registros da doença em humanos.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, na manhã desta terça-feira (31), na sede da SES. O plano de trabalho inclui o alcance do total de sete regionais de saúde em região de mata. Nesta primeira etapa, o governo disponibilizará 3 mil doses para a região de São João dos Patos, 4 mil para Balsas, 5 mil em Barra do Corda e 7 mil para Imperatriz. Ao todo, 10 carros e 18 profissionais estarão envolvidos na ação.
Segundo o secretário de Saúde, o trabalho tem caráter preventivo. Além das vacinas, as equipes levarão material educativo sobre a febre amarela, e serão feitas verificações de epizootias em macacos. As regionais de Zé Doca, Pedreiras e Santa Inês serão contempladas na segunda etapa.
“O Maranhão não tem casos da doença, mas o estado é considerado uma área endêmica por suas características naturais. O Governo está preocupado em intensificar as medidas de prevenção, sobretudo para as regiões prioritárias, para reforçar a cobertura vacinal. Não é necessário nenhum tipo de pânico da população”, considerou o secretário Carlos Lula.
Como parte das ações do plano de trabalho, o Governo do Estado também enviará 300 mil seringas para o estado do Espírito Santo (ES), que enfrenta um aumento de casos da doença. “Estamos juntando os esforços entendendo que o Sistema de Saúde é único e serve para todos”, disse o secretário.
Ações preventivas
O trabalho será realizado pelas equipes na zona urbana com borrifações estratégicas de inseticidas que combatem o mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, zika e chikungunya, que transmite a febre amarela ao seres humanos após a contaminação por meio de um macaco infectado.
“Nessas áreas de maiores riscos, nossas equipes atuarão por 40 dias, realizando treinamentos para as equipes de Vigilância Epidemiológica e de Estratégia de Saúde da Família. Haverá vistoria nas matas para identificar o vetor silvestre, além das borrifações com o carro fumacê para eliminar o vetor urbano”, explicou o secretário adjunto de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Marcelo Rosa.
A vacinação é a principal forma de manter a população longe do risco de contaminação. “Devem se vacinar pessoas que não tomaram as duas doses da vacina. Aqueles que não lembram ou não encontraram a caderneta de vacinação devem procurar o posto de saúde, onde haverá profissionais capacitados para dar toda orientação sobre a imunização da doença”, completou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.