Paciente barrado no Hospital Macrorregional de Santa Inês morre a caminho de São Luís

captura-de-tela-inteira-18092016-120331-bmpPoucas pessoas conheceram Carlos Alberto. Mas, talvez não haja um ser vivente em Santa Inês que não tenha conhecido Tina Pepper. Tina morreu na madrugada deste domingo (18), quando era transferido para hospital da capital maranhense após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. Santa Inês amanheceu de luto e com o coração dividido entre a tristeza e revolta.
Ao passar mal na noite desse sábado (17), Tina foi levado às pressas ao Hospital Municipal de Santa Inês, onde foi medicado e teve a pressão sanguínea estabilizada. O paciente precisava de atendimento especializado, de alta complexidade, e deveria ser encaminhado imediatamente para um macrorregional, de responsabilidade do estado.
Santa Inês ganhou um Hospital Macrorregional com mais de 100 leitos, sendo 12 UTIs. Tina foi encaminhada ao macrorregional e qual não foi a surpresa de parentes e amigos… o hospital não está funcionando. Está “fechado para reparos”, segundo funcionária que saiu para dar a notícia aos que acompanhavam a ambulância.
Tina foi, então, levada às pressas para São Luís. Não resistiu.
Você deve lembrar do circo montado pelo governador Flávio Dino no dia 25 de agosto deste ano. O governador reuniu um grupo político de Santa Inês e inaugurou o hospital afirmando que a partir daquele momento, a população do município e de toda a região não precisaria mais ir à capital para ter atendimento de alta complexidade, que é de responsabilidade do governo do estado. Pois bem… foi tudo encenação. O hospital é um imenso bibelô de concreto e aço construído com dinheiro público e inaugurado sem finalizar para tentar angariar uns votinhos para um determinado grupo político de Santa Inês.
A população manifesta revolta pelas redes sociais e cogita a possibilidade de ir às ruas. Uma enorme lupa foi posta sobre mais uma inverdade do atual governador. Talvez, nos próximos dias ele volte aqui para inaugurar – de novo – o hospital mas, desta vez, “no sério”…

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