Há um problema para a já anunciada posse do presidente da Assembleia, deputado Humberto Coutinho (PDT), como governador do Maranhão.
Como revelado ontem (12), ele deve assumir o comando do Estado com a saída do governador Flávo Dino (PCdoB) do Brasil – o vice-governador, Carlo Brandão (PSDB), está na China (saiba mais).
Ocorre que um irmão do pedetista, o vice-prefeito de Matões, Ferdinando Coutinho (PSB), é pré-candidato a prefeito daquela cidade.
Mais do que isso: é o líder nas pesquisas, com chances reais de se eleger.
Portanto, se Humberto assumir o como chefe do Executivo estadual, mesmo que interinamente, Ferdinando fica automaticamente inelegível.
Outros casos
A situação vivida pelos irmãos Coutinho não é inédita no Maranhão.
No início de 2012, quando de uma viagem internacional da então governadora Roseana Sarney (PMDB), estabeleceu-se o mesmo impasse.
O vice-governador, Washington Oliveira, do PT, era pré-candidato a prefeito de São Luís, não podia assumir (reveja).
O presidente da Assembleia à época, Arnaldo Melo (PMDB), queria fazer a filha Nina Melo (PMDB), hoje deputada, candidata a prefeita de Colinas e também rejeitou o ascensão ao cargo.
Já o então presidente do TJ, desembargador Guerreiro Junior, tinha a esposa como pré-candidata a prefeita em Guimarães. Declinou.
No fim das contas, assumiu o 1º vice-presidente da AL, ex-deputado Marcos Caldas. Ele tinha um irmão, Augusto Caldas, como pré-candidato a vereador de São Luís. Mas se entendeu em família e acabou tornando-se governador interino (reveja).
Em tempo: por conta do problema eleitoral de Humberto, o governo pode acabar caindo no colo do desembargador Cleones Cunha, atual presidente do TJ. Ele é o próximo na linha sucessória.
Fonte: Gilberto Leda
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