Ontem (4) pela manhã, o vereador Pastor Max ,familiares, amigos e representantes de entidades que defendem a infância e a juventude em Codó, como a ONG Plan Brasil e o Conselho Tutelar, estiveram, mais uma vez, no Memorial Márcia dos Santos Silva, próximo ao riacho São José.
O local é onde, em 04 de abril de 2006, Márcia, de apenas 10 anos de idade, levada da porta da escola Almerinda Bayma, por dois homens, conhecidos dela, foi violentada sexualmente e depois esquartejada. Seu Adão do Nascimento Silva, o pai, que sempre está a frente do evento, encontrou o corpo 4 dias depois e nunca mais vai esquecer o que viu naquele dia.
Na presença de todos ele repetiu o ato de mostrar onde estavam partes do corpo da filha e depois lamentou-se de uma saudade avassaladora que lhe maltrata todos os dias.
MÁRCIA VIROU SÍMBOLO DE LUTA
Em homenagem à ela 04 de abril virou, por meio de lei, o Dia Municipal de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
“Nós temos que garantir o direito das nossas crianças e a lei vai fortalecer as ações e os debates em todos os âmbito da sociedade em geral pra que este tipo de ações desumanas não voltem a acontecer em nosso município”, disse pastor Max Tony, autor do projeto na Câmara.
ASSASSINOS?
Um dos assassinos se enforcou no cemitério do Cajueiro dias após o crime, o outro, conhecido pela alcunha de Dragão, foi condenado, em 2009, à 25 anos de prisão.
Márcia não voltará mais para a vida que tinha entre todos aqueles que a amavam, mas o lugar onde foi morta virou um memorial e ela um símbolo da luta contra a violência sexual que atingem crianças e adolescentes neste município.