Não creio em casualidades e, na política, elas não existem mesmo. Tudo é importante na atividade política.
Com o senador Robert Rocha acontecem fatos estranhos. A primeira dúvida era se ele conseguiria a liderança do PSDB, já que esse partido estava teoricamente no cume do poder político no Maranhão. Digo teoricamente porque a vice-governadoria, para o PSDB, significava nada. Simplesmente nada.
Roberto e Sebastião Madeira conseguiram o comando do partido e o partido voltou a ser, de fato, um partido e mais, apto para o pleito desse ano.
A partir daí, o Roberto Rocha transformou-se em uma tábua de tiro ao alvo. Não foi respeitado nem mesmo o seu drama familiar, na enfermidade de um filho e os ataques chegaram ao ponto de ser atacado por notícias falsas, as tais fakes.
Essa introdução, a faço para dizer o óbvio: ninguém atira em árvore sem frutos. Somente essa sanha contra o senador demonstra que ele tem viabilidade e deixa severas preocupações em outros arraiais.
O maior interessado na não candidatura tucano é um leão forte e carrancudo, pelas bandas da beira-mar. O sonho do governo do Maranhãoé uma eleição plebiscitária no primeiro turno e sem Roberto Rocha no páreo, a imagem do plebiscito se torna cada vez mais forte.
O outro interessado é o grupo Sarney. A maior parte do eleitorado maranhense está no grupo “desiludidos de toda ordem”. Nesse grupo estão os decepcionados com a política de maneira geral, os decepcionados atávicos com o sarneisismo e as viúvas chorosas da sanha comunista.
Para esse grupo (desiludidos de toda ordem) que é a maioria dos maranhenses, entre as opções postas, a que mais se aproxima deles é Roberto Rocha. Não pode ser acusado de sarneisismo, de comunismo, de incompetente, de corrupto, por exemplo.
A eleição de Roberto Rocha é a maior quebra de paradigma da política maranhense retirará do sarneisismo , em definitivo, a opção majoritária e devolvera o comunismo ao seu justo tamanho. Nanico.
Ademais, quem tem um histórico de vitórias para deputado estadual e federal por tantas vezes e que teve um milhão e meio de votos para o senado na última eleição, não pode, em nenhuma hipótese, ser menosprezado ou desconsiderado.
A vivência política diz que ninguém pode ser obrigado a apoiar ou desapoiar, entretanto essa mesma vivência diz que todas as nossas atitudes carregam consequências.
Ser contra a candidatura tucana, qualquer um pode ser, mas deve ficar bem claro qual é o objetivo dessa atitude. Mais ainda, se essa atitude beneficia o PSDB. Nesse momento, o PSDB necessita mais da presença do Roberto Rocha, que Roberto Rocha do PSDB. A retirada de Roberto Rocha não traz benefício aos tucanos e ao Maranhão.
A conta é simples. O Roberto Rocha é senador da república até 2023 e o PSDB tem quatro meses para viabilizar uma eleição majoritária e proporcional. O partido quase morreu em quatro anos de genuflexão serviçal ao comunismo e, sem dúvida morrerá se, agora, sair dos trilhos.
Somos tão viáveis que temos três postulantes ao senado, todos com inquestionável valor político e eleitoral. O candidato a governador, Roberto Rocha, é, de longe, o mais preparado entre os outros do certame.
Fica inexplicável, portanto, procurar soluções distantes, quando essa solução está ao nosso lado, ao alcance de nossas mãos. Qualquer atitude que objetive tirar o Roberto Rocha do páreo é sujeita a muitos porquês.
Sonho que não tenhamos oportunidade para responder a nenhum desses porquês.
Fonte: João Bentivi