Apoio de Sarney a Michel Temer visa ministério e retorno em 2018

michel-temer-roseana-sarney-jose-sarney-e1461013012334-940x540O amplo apoio dado pelo ex-presidente José Sarney à queda da presidente Dilma Rousseff (PT) deve influenciar decisivamente nas eleições ao governo do Estado do Maranhão em 2018. Interlocutores do ex-presidente admitem nos bastidores que o apoio dado à articulação do vice-presidente Michel Temer teve dois grandes objetivos: o retorno da família Sarney (ou do PMDB) ao governo do estado em 2018 e a concessão de um ministério à ex-governadora Roseana Sarney.

Desde o final de 2014, Sarney tem admitido a aliados que teve algumas rusgas com a presidente Dilma Rousseff, principalmente por ela não ter apoiado, naquele ano, a candidatura do ex-senador Edison Lobão Filho, que foi capitaneada pelo grupo Sarney. Na ocasião, foi justamente Temer que, para tentar apaziguar os ânimos entre o PT de Lula e Dilma e o PMDB, desembarcou em São Luís e fez questão de ajudar na campanha em favor do filho do ex-ministro e senador Edison Lobão (PMDB).

A amigos, Sarney sempre se queixou desse detalhe e atribuiu a esse isolamento de Dilma um dos fatores pelos quais perdeu o controle do governo do estado do Maranhão. Uma fonte ligada ao ex-presidente chegou a ressaltar na noite de domingo 17, durante a votação do impeachment, que “Dilma estava pagando por ignorar um articulador político hábil como Sarney”.

Em conversas reservadas com Michel Temer, conforme fontes ligadas ao peemedebista, o PMDB sinalizou que poderia dar um ministério para Roseana Sarney. A ideia, no entanto, não é bem vista por setores mais progressistas do partido que enxergam, nessa possibilidade, um desgaste desnecessário quando Temer assumir a presidência.

Nesse primeiro momento, Temer quer montar um governo com 20 ministérios, compostos por políticos e por líderes sociais. Por isso, em um processo de reconciliação nacional, o nome de Roseana aparece como uma alternativa marginal nesse processo. Para evitar “maiores polêmicas”, conforme informações de um peemedebista ligado a Temer.

Justamente por isso, o vice-presidente também prometeu dar total suporte ao grupo Sarney para voltar ao poder no Maranhão em 2018. O candidato sarneyzista ainda não está definido, mas pode ser a própria Roseana a princípio. Nessa articulação, Sarney também tentará dificultar a vida do governador Flávio Dino (PCdoB) na esfera federal. Fontes ligadas a Temer afirmam que o vice-presidente, também, não achou “nada simpático” o governador maranhense ter se manifestado na disputa política entre Temer e Dilma e ter encorpado o discurso de que o impeachment era “um golpe em curso”.

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