A cerimônia de encerramento da Olimpíada do Exército 2022, em Campinas (SP), na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPcex), simbolizou a conclusão da edição pautada pela celebração do bicentenário da Independência do Brasil e pela estreia de uma modalidade paralímpica no programa, o tiro com arco. A competição é realizada a partir de uma parceria entre os ministérios da Cidadania e da Defesa.
O evento neste sábado (16.07) marcou a entrega de troféus para as delegações dos comandos militares vitoriosos. O campeão geral foi o Comando Militar do Sul (CMS), seguido pelo Comando Militar do Leste (CML) e Comando Militar do Sudeste (CMSE). As disputas esportivas reuniram 1.400 militares atletas, em 13 modalidades, e foram realizadas entre os dias 9 e 17 de julho.
“A gente acredita muito na força do esporte para desenvolver atributos pessoais e como mecanismo de inclusão social”, disse o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, que esteve presente na cerimônia de encerramento.
Destaque da competição, Francisco Guilherme do Reis Viana, que representou o Comando Militar do Nordeste no atletismo, conquistou seis medalhas de ouro (200m e 400m rasos, 400m com barreiras e nos revezamentos 4x400m misto, 4x400m e 4x100m) e foi o responsável por apagar a pira olímpica.
Reis é de Codó, no Maranhão, tem 22 anos e começou a relação com o esporte jogando futebol de areia, em 2015. “O professor me chamou para um teste no atletismo, acabei me dando bem e desde então não parei mais”, afirmou o soldado, que é atleta de alto rendimento.
“Durante a Olimpíada do Exército a gente se sentiu em uma competição de alto nível. A organização está de parabéns: não atrasaram nada e graças a isso consegui concluir todas as provas com excelente resultado”, avaliou o maranhense, que tem como meta um dia chegar aos Jogos Olímpicos. Em seu cotidiano, ele conta com o suporte do Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
“O atleta de alto rendimento precisa se dedicar 100% à sua rotina. Os treinos, o estudo e a faculdade já tomam o cotidiano. O Bolsa Atleta ajuda muito nisso. Depois que entrei, minha vida mudou. Além de evoluir como atleta, evoluí também como pessoa”. O edital de 2022 do programa contempla 6.410 atletas.
Infraestrutura esportiva
Ao longo do ciclo de megaeventos que o Brasil recebeu na última década, como os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa do Mundo da FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Ministério da Cidadania investiu cerca de R$ 146,1 milhão em construção, reformas e adaptações de instalações esportivas em unidades militares, como o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFex), a Escola Naval, a Universidade da Força Aérea (Unifa), o Centro de Educação Física Adalberto Nunes (Cefan) e o Clube de Aeronáutica (Caer).
No setor de infraestrutura esportiva como um todo, o país teve 4.325 obras finalizadas a partir de R$ 3,74 bilhões investidos desde 2019. Só em 2022 foram concluídas 331, no valor de R$ 193,5 milhões. São ginásios, pistas de atletismo, campos de futebol, piscinas, academias ao ar livre, estádios, espaços poliesportivos, pistas de skate, quadras de tênis e campos society nas 27 Unidades da Federação.
Desse total, 60 são unidades das Estações Cidadania, edificadas em regiões de vulnerabilidade social em municípios de 16 estados, a partir de um aporte que supera os R$ 213 milhões. Cada unidade da Estação Cidadania dispõe de ginásio poliesportivo, sala de professores, vestiários, enfermaria, depósito, academia, sanitário público e área administrativa. A depender do modelo do projeto, também pode haver pista de atletismo e quadra externa. O espaço recebe até 13 modalidades olímpicas e seis paralímpicas.
FONTE: Ministério da Cidadania