Brasil, o país do faz de conta

O Brasil tornou-se especialista em evitar a realidade. Fingimos que há planejamento, quando o que impera é o improviso. Fingimos que os impostos sustentam serviços públicos, mas, na prática, financiam privilégios e ineficiência. Fingimos que debatemos o país, mas tudo, invariavelmente, acaba empurrado para debaixo do tapete.
Um exemplo gritante é o Plano Safra “recorde”. Enquanto o governo anuncia cifras bilionárias, o produtor rural –responsável direto pela segurança alimentar e pela produção de superavit— enfrenta uma das maiores taxas de juros da história recente.
Ao mesmo tempo, segue sem acesso a uma política consistente de seguro rural, o que o expõe às incertezas climática, sanitária e de mercado. Pior: ainda paira sobre o setor a ameaça de aumento do IOF, transformando o que seria incentivo em mera fantasia arrecadatória.
A lógica é perversa. Incentiva-se com uma mão e tributa-se com a outra. A retórica de apoio esconde, na prática, mais um esvaziamento da capacidade produtiva. O Estado cobra demais, gasta mal e se recusa a discutir com a seriedade temas como eficiência, revisão de gastos e reformulação da máquina pública.

Sempre que se aproxima uma crise, a saída escolhida é a criação de tributos ou a ampliação de encargos —nunca a correção do rumo.
O mesmo padrão se vê em outras áreas. O futebol brasileiro, por exemplo, continua prometendo profissionalização enquanto mantém práticas opacas, conselhos fechados e esquemas de intermediação que burlam a transparência. A transformação dos clubes em SAFs, quando não bem conduzida, corre o risco de virar só mais uma maquiagem sobre estruturas falidas.
Essa recusa ao aprofundamento é uma marca da cultura política e institucional brasileira.
Prefere-se o slogan à reforma, o improviso à consistência, o atalho à travessia. Criou-se a ilusão de que é possível crescer sem encarar os problemas de frente —como se o Brasil pudesse prosperar apenas com discursos e decretos.
Mas o país precisa trocar o faz de conta pela responsabilidade. Isso exige liderança, clareza de propósito e coragem para reformar. E começa com uma decisão simples, mas rara: parar de mentir para si mesmo.
Por: Marcello D’Angelo Marcello D’Angelo, 59 anos, é jornalista, consultor em comunicação e gestão estratégica. Foi secretário especial de Comunicação da cidade de São Paulo. Comandou a comunicação de empresas como Telefônica, Walmart, Embraer e Cosipa/Usiminas e liderou como principal executivo a Rádio BandNews FM, Canal AgroMais, Jornal Metrô, Gazeta Mercantil e BandNews TV.

Polícia procura mãe suspeita de arremessar bebê de 7 meses sobre carro estacionado no interior do Maranhão

A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) está à procura de uma mãe suspeita de arremessar a própria filha, uma bebê de 7 meses, sobre um carro estacionado. O caso aconteceu na noite dessa segunda-feira (30), na cidade de Barra do Corda, interior do Maranhão.

De acordo com testemunhas, a mulher estava visivelmente sob efeito de entorpecentes e álcool, quando jogou a criança sobre o veículo.

A bebê foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Segundo informações da equipe de saúde, seu estado de saúde é considerado estável.

O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso.

Por meio de nota, a Polícia Civil do Maranhão informou que o caso está sendo apurado pela Delegacia Regional de Barra do Corda, que realiza buscas com intuito de localizar e prender a mulher responsável pela violência.

Garoto que matou família cogitou jogar cadáveres aos porcos

A polícia descobriu mais detalhes do caso do adolescente de 14 anos, que matou a família em Itaperuna, no noroeste do Rio de Janeiro. Ele e a namorada virtual, de 15 anos, teriam debatido métodos para matar e descartar os corpos.

Os investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) descobriram que o assassino e a namorada tiveram conversas pelo Instagram. Os dois teriam cogitado jogar os corpos para porcos comerem.

A namorada do garoto foi apreendida no interior de Mato Grosso. Ela foi localizada na noite desta segunda-feira (30) durante uma ação da Delegacia de Água Boa, a cerca de 630 quilômetros de Cuiabá. As informações são da coluna Na Mira, do Metrópoles.

De acordo com os investigadores, a análise do material apreendido aponta que a adolescente sabia dos planos e manteve contato constante com o namorado, inclusive no dia das mortes. Ela já havia sido ouvida na semana passada, na presença da mãe, de agentes especializados e do Conselho Tutelar.

O garoto que matou a família, por sua vez, está internado provisoriamente no Centro de Socioeducação (Cense) em São Fidélis, após decisão da Justiça fluminense. O prazo de internação é de 45 dias.

SOBRE O CRIME
O caso veio à tona depois que a avó do adolescente procurou a polícia para relatar o desaparecimento da família, que não era vista desde o dia 21 de junho. Durante uma vistoria na casa, no dia 24, agentes encontraram manchas de sangue no colchão, roupas sujas de sangue e sinais de tentativa de queima de objetos.

Porém, foi o cheiro forte vindo da cisterna da casa que levou os policiais aos corpos de Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos; e da esposa dele, Inaila Teixeira, de 37; além do filho mais novo, de apenas 3 anos.

Diante das provas, o adolescente confessou o crime. Ele relatou que matou a família porque os pais proibiram uma viagem que ele faria para encontrar a namorada, com quem mantinha um relacionamento virtual. Após os assassinatos, ele pesquisou na internet como sacar o FGTS de pessoas falecidas depois de descobrir que o pai tinha um saldo de R$ 33 mil no fundo.

Pastores lamentam a morte do evangelista Jimmy Swaggart

Pastores brasileiros de diferentes denominações lamentaram a morte do pregador Jimmy Swaggart, que faleceu nesta terça-feira (1º), em Baton Rouge, nos Estados Unidos, vítima de infarto. Ele estava internado desde o dia 15 de junho e morreu aos 90 anos.

A cantora e pastora Fernanda Brum afirmou que Swaggart foi uma de suas maiores inspirações desde a infância.

Hoje o céu recebe um pregador da cruz Jimmy Swaggart. Lembro de assisti-lo quando tinha 5 anos de idade com o meu avô, e eu queria pregar como ele, com seu estilo tão impactante. Jimmy Swaggart pregou com lágrimas nos olhos, voz embargada e o coração rendido. Falou de arrependimento quando poucos tinham coragem. Cantou sobre o sangue de Jesus como quem já podia ver a eternidade. Foi voz profética em um tempo de mornidão. Evangelista de multidões, mas também pastor de almas solitárias. Um homem que teve quase 7 décadas de ministério marcado pela Graça.

O pastor André Câmara também fez uma homenagem em suas redes sociais e destacou o pioneirismo de Swaggart na evangelização pelas mídias.

– Minha homenagem à vida e legado de um dos maiores evangelistas de nosso tempo. Jimmy Swaggart foi precursor no uso de rádio e TV pra pregação do evangelho. Uma grande inspiração de restauração ministerial e pregação do evangelho. Hoje ele foi recolhido pra glória, e esse vídeo servirá pra mim como eterno aprendizado.

O pastor Paulo Ricardo disse que cresceu ouvindo as mensagens do evangelista e foi profundamente marcado, e lembrou que o pastor norte-americano “pregou com ousadia, chorou por almas e cantou com o coração”.

– Fui edificado por suas mensagens, inspirado por sua fé e tocado por seus louvores. Seus sermões não eram apenas palavras, eram fogo vivo, ungido, cheio de autoridade e quebrantamento. O evangelho de Cristo por sua voz alcançou o mundo, atravessou fronteiras e entrou em lares com poder e graça. Foi uma inspiração inegável. Sua missão continuará viva na vida de milhões que foram alcançados por sua pregação – escreveu ele.

Quem também fez questão de postar uma mensagem sobre o legado de Swaggart, foi o pastor Manoel Ferreira Netto que tem uma foto com o evangelista tirada quando ele ainda era criança.
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– Eu cresci ouvindo seus hinos. Cresci vendo meu pai falar dele com enorme admiração e carinho. Nas suas últimas vezes no Brasil, pude acompanhá-lo em muitas cruzadas e ver meu pai, com tanta alegria, interpretar seu grande herói, sua grande referência, que acabou também se tornando para mim uma grande referência – escreveu.

O filho do bispo Samuel Ferreira também declarou que Swaggart foi “o maior televangelista da história”.

O pastor André Valadão relembrou a passagem histórica de Swaggart pelo Brasil em 1987, quando ele lotou o Maracanã para pregar o Evangelho.

– Você se lembra de quando Jimmy Swaggart reuniu uma multidão no Maracanã, em 1987? E quando ele esteve em Belo Horizonte? Hoje, 1º de julho de 2025, nos despedimos desse pastor, cantor e pianista que marcou gerações com sua voz, seu piano e sua paixão pelo evangelho. Após uma parada cardíaca em junho, ele faleceu em Baton Rouge aos 90 anos, cercado pela família. Somos gratos por ver homens de Deus que se levantaram, e crescemos a esperança de novos homens de Deus!

O pastor Jairinho Manhães, da igreja ADalpha, também homenageou o evangelista e escreveu uma mensagem de pesar em suas redes citando o “legado eterno” do líder evangélico que “agora descansando nos braços do Senhor”.

O pastor Renato Vargens, por sua vez, reconheceu os altos e baixos da trajetória de Swaggart que enfrentou publicamente um escândalo que quase acabou com seu ministério

– Faleceu Jimmy Swaggart, pastor assembleiano que muito impactou a igreja nas décadas de 1980/1990, até quando caiu em pecado. Reconheceu seu erro, confessou seu pecado, foi restaurado pelo Senhor e retornou ao ministério, sem contudo recuperar a dimensão ministerial de outrora. Entretanto, é inegável o fato de que Deus o usou poderosamente para sua glória.

Jimmy Swaggart fundou o Family Worship Center e lançou o programa The Jimmy Swaggart Telecast, que chegou a ser exibido em mais de 140 países. Foi também cantor, pianista, autor e fundador de uma faculdade bíblica. Seu legado permanece na música, na pregação e na vida de milhões que foram tocados por sua fé.

Fonte: Pleno News

Bolsonaro cancela agenda com políticos após passar mal

Nesta terça-feira (1º), o ex-presidente Jair Bolsonaro teve um problema de saúde e acabou cancelando compromissos que tinha na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília. De acordo com o Portal Metrópoles, ele sofreu uma crise de soluços e vômitos.

– Por exigência médica não irei ao PL nesta terça-feira. Crise de soluços e vômitos me impedem de falar – disse o líder da direita brasileira em mensagem enviada a parlamentares do PL.

Na semana retrasada, Bolsonaro já havia passado mal durante um churrasco em Goiânia. Na ocasião, ele sofreu com fortes enjoos. Ele chegou a ser internado no no Hospital DF Star, em Brasília, para ser submetido a uma bateria de exames.

Em abril, Jair Bolsonaro passou por sua sexta cirurgia relacionada às sequelas da facada sofrida em Juiz de Fora (MG), em 2018, durante a campanha presidencial.

O procedimento, realizado em Brasília, durou cerca de 12 horas e foi necessário para tratar obstruções intestinais e reconstruir a parede abdominal.

Mulher que atacou Michelle ganha chance de se retratar

O Pleno.News teve acesso com exclusividade à informação de que advogados da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro protocolaram, nesta terça-feira (1º), uma proposta de retratação a ser feita pela militante petista e apresentadora Teônia Mikaelly Pereira de Sousa, que a chamou de “ex-garota de programa” durante o podcast piauiense IEL Cast. Também tivemos acesso ao texto de retratação proposto pelos advogados da presidente nacional do PL Mulher à comunicadora ligada ao PT.

As declarações ocorreram nos episódios divulgados nos dias 11 e 14 de junho. Em vídeos que circulam na internet, Teônia Mikaelly compara Michelle com a atual primeira-dama, Janja, e afirma que a esposa de Bolsonaro seria “ex-garota de programa” e teria familiares com “passagem pela polícia”.

O advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, que representa Michelle junto com o Dr. Thiago Lobo Fleury, afirma que as falas são “completamente falsas e ofensivas” e que o objetivo foi manchar a imagem pública da ex-primeira-dama. Segundo Bessa, as expressões usadas são misóginas e sem qualquer ligação com a realidade.

A ação penal foi protocolada na 2ª Vara Criminal de Teresina e inclui acusações de injúria e difamação, com agravante pelo uso das redes sociais.

A proposta de retratação, protocolada nesta terça, foi aditada ao processo cível protocolado na 1ª Vara Cível de Brasília. A aceitação do termo de retratação, se feito no processo penal, pode evitar com que ela seja condenada pelos crimes de calúnia e difamação.

Leia na íntegra o texto de retratação proposto pelos advogados de Michelle Bolsonaro a Teônia Mikaelly Pereira de Sousa:
Eu estou aqui hoje para me retratar porque menti, fui covarde e desumana.

Reconheço que ultrapassei todos os limites aceitáveis do debate público. Acusei Michelle Bolsonaro de fatos infames e mentirosos, colocando em dúvida sua honra, sua dignidade e a de sua família. Isso não foi opinião — foi pura maldade!

As divergências políticas, por mais intensas que sejam, não autorizam ninguém a desumanizar o outro. E foi exatamente isso que eu fiz. Cometi uma agressão covarde, gratuita e profundamente injusta contra uma mulher pública, uma mãe de família, uma pessoa que tem filhas — filhas que ouviram ou leram o que eu disse e que não mereciam ser feridas pelos meus desatinos. Por minha culpa, essas meninas viram a mãe delas ser humilhada em praça pública.

Disse que Michelle havia sido ‘garota de programa’, quando nunca houve nada que sustentasse tal agressão. Reproduzi um ataque vil como se fosse uma verdade popular. Isso não é coragem. Isso é covardia moral. Isso é desumanidade pública. Eu disse coisas que eu mesma jamais aceitaria que dissessem sobre mim. Usei da minha voz para destruir, para assassinar uma reputação. Fui totalmente irresponsável.

Ao repetir mentiras grotescas como se fossem verdades, atingi não apenas Michelle, mas toda a sua história. Tentei desqualificar sua postura familiar, sua fé, sua aparência. Acusei-a com palavras que carregam peso moral e social devastador. Menti que ela “incorporava um personagem”, insinuei que toda sua família era criminosa — e fiz tudo isso, repito, sem qualquer base, sem qualquer limite, sem nenhuma humanidade.

Sendo mulher, eu deveria ter compreendido o quanto é cruel atacar outra mulher, fazendo o jogo sujo que machistas e misóginos fazem. Agredi Michelle gratuitamente apenas pelo que ela representa, por sua fé, por sua aparência, por sua postura familiar. Fui contra tudo que eu mesma deveria defender.

Hoje, encaro envergonhada aquilo que fiz: fui má. Fui injusta. Fui irresponsável. Fui cruel. E mais do que tudo, fui pequena diante de uma mulher que não me atacou, mas foi atacada por mim. Admito: fui covarde e desumana. E agora, com clareza e vergonha, peço perdão à Michelle Bolsonaro — pela mentira, pela crueldade e pela maldade com que escolhi agir. Peço também que perdoe o impacto que minhas palavras causaram em suas filhas.

Política não é desculpa para perversidade. Divergência não é licença para destruição. E hoje eu entendo: quem mancha a honra do outro, suja a própria consciência. Quem espalha mentira, carrega vergonha. E essa, hoje, é toda minha! Que essa retratação seja o mínimo diante do que causei.

Tiroteio e perseguição policial terminam com cinco pessoas mortas em Araguari (MG)

Uma perseguição policial terminou com uma troca de tiros e cinco pessoas mortas na cidade de Araguari, a cerca de 570 km de Belo Horizonte, no Triângulo Mineiro, durante a noite desta segunda-feira (30). O carro dos criminosos foi encurralado dentro de um posto de combustível e, durante o confronto, um tambor de óleo diesel foi atingido, gerando risco de explosão no local. A polícia tentou negociar, mas os suspeitos não se renderam.

Todas as vítimas fatais eram ocupantes do carro perseguido. Três suspeitos morreram ainda no local e outros dois foram socorridos até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade, mas não resistiram. Dois policiais militares também se feriram na ação, mas a PM informou que os profissionais se recuperam bem.

Câmeras do circuito de segurança do posto de combustível, palco do tiroteio, flagraram cenas do confronto.

O grupo era investigado por envolvimento em diversos crimes e acumulava, ao todo, 35 passagens policiais.

De acordo com o boletim de ocorrência, os suspeitos estavam em um veículo com queixa de furto e teriam reagido à abordagem policial, dando início a uma perseguição e troca de tiros nas proximidades de um posto de combustíveis da cidade.

Três deles morreram no local e dois foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.

Entre os mortos está Wellington da Silva Paulino, de 25 anos, que possuía duas passagens por roubo e porte ilegal de arma de fogo.

João Pedro Martins Silvestre, de 23 anos, tinha registros por roubo, ameaça, porte ilegal de arma (duas vezes) e receptação.

Douglas Vinícius Gomes de Morais, de 26 anos, respondia por roubo, clonagem de veículo, direção perigosa, tráfico de drogas (quatro vezes), uso e consumo de entorpecentes (duas vezes), ingresso ilegal de celular em unidade prisional (duas vezes) e lesão corporal.

André Luiz Ramos, de 22 anos, tinha passagens por homicídio, porte ilegal de arma de fogo (duas vezes), furto (três vezes), ameaça, tráfico de drogas (quatro vezes), lesão corporal e receptação.

Lucas Eduardo Gomes dos Santos, de 21 anos, também estava entre os mortos. Ele já havia sido detido por tráfico de drogas, receptação e dano.

Na ação, dois policiais militares ficaram feridos, mas sem gravidade. Um deles foi atingido de raspão na barriga e o outro sofreu ferimento por estilhaços na perna.

Foram apreendidas duas pistolas calibre .380, um revólver calibre .38 e uma submetralhadora artesanal do mesmo calibre.

Vídeo: Massacre na Nigéria: até 200 cristãos mortos em ataque

Militantes assassinaram até 200 cristãos no estado de Benue, Nigéria, na noite de sexta-feira (13 de junho), em um ataque brutal que teve como alvo famílias deslocadas. Os criminosos incendiaram prédios onde as vítimas dormiam e mataram com golpes de facão quem tentou fugir. As famílias de deslocados internos (IDPs) estavam abrigadas em estruturas improvisadas na praça do mercado em Yelewata, na área de governo local de Guma, próximo a Makurdi, quando os militantes invadiram gritando “Allahu Akbar” (“Deus é grande”).

De acordo com relato enviado à ACN, membros do clero local contaram que, mais cedo naquela noite, a polícia havia conseguido impedir os militantes de invadirem a igreja de São José, onde cerca de 700 pessoas dormiam. Contudo, após o fracasso na invasão da igreja, os criminosos se dirigiram à praça do mercado da cidade, onde usaram combustível para incendiar portas e, em seguida, abriram fogo contra um grupo de mais de 500 pessoas.

Os primeiros relatórios confirmaram ao menos 100 mortos no massacre, que durou cerca de três horas. Posteriormente, dados coletados pela ‘Fundação de Justiça, Desenvolvimento e Paz’ (FJDP) da Diocese de Makurdi elevaram o número de vítimas para 200 mortos, caracterizando o ataque como o pior já registrado na região.

Benue vive aumento de ataques e êxodo forçado de cristãos

Esse ataque acontece em um contexto de escalada da violência no estado de Benue, com evidências crescentes de que há um plano coordenado de militantes para expulsar comunidades cristãs da região. Além disso, lideranças religiosas alertam para o risco de uma campanha de limpeza étnico-religiosa em andamento.

Dessa maneira, milhares de pessoas que haviam se refugiado em Yelewata, após ataques de pastores Fulani, agora fogem novamente buscando abrigo em vilarejos e cidades vizinhas, como Daudu e Abagena. A cidade, anteriormente considerada um lugar relativamente seguro por estar situada na estrada principal para Abuja, agora está praticamente deserta.

O padre Ukuma Jonathan Angbianbee, pároco de Yelewata, contou à ACN que ele e outros deslocados escaparam por pouco da morte, jogando-se no chão da casa paroquial ao ouvirem os tiros. “Quando ouvimos os disparos e vimos os militantes, entregamos as nossas vidas a Deus. Esta manhã, agradeço a Deus por estar vivo”, declarou o sacerdote.

Cena do massacre é descrita como “indescritível” e “horrível”

O padre Jonathan relatou o cenário de horror na praça do mercado: “O que vi foi realmente horrível. Os militantes massacraram as pessoas. Havia corpos espalhados por toda parte”.

Ainda segundo a FJDP, cuja equipe esteve no local logo após o ataque, a cena era “indescritível – algo que ninguém deveria ver”. O relatório também menciona que alguns corpos estavam “carbonizados além do reconhecimento. Eles simplesmente exterminaram bebês, crianças, mães e pais.”

O padre confirmou que os atacantes pertenciam ao grupo étnico Fulani e que eles planejaram o ataque com cuidado, chegando por várias rotas e aproveitando a chuva forte como cobertura. “Não há dúvidas sobre quem cometeu o ataque. Eram definitivamente fulanis. Eles gritavam ‘Allahu Akbar’”, reforçou o padre.

Críticas às forças de segurança em Benue

Assim, tanto o padre Jonathan quanto outros membros do clero da Diocese de Makurdi criticaram duramente a resposta das forças de segurança. Eles relataram que os policiais que impediram o ataque à igreja estavam mal equipados e não conseguiram evitar o massacre no mercado, a poucos metros de distância.

Por outro lado, um dos principais padres da diocese comentou: “Na manhã seguinte ao ataque havia muitos policiais e forças de segurança, mas onde estavam na noite anterior, quando mais precisávamos?”. Ele concluiu: “Esse foi, de longe, o pior massacre que já presenciamos. Nada se compara a isso”.

No domingo (15 de junho), durante a oração do Angelus, o Papa Leão XIV afirmou que estava rezando pelas vítimas “brutalmente assassinadas” naquele “terrível massacre”, a maioria delas deslocadas e acolhidas pela missão católica local. Adicionalmente, o Papa pediu por “segurança, justiça e paz na Nigéria”, com especial atenção às “comunidades cristãs rurais do estado de Benue, vítimas constantes da violência”.

Cristãos sob ataque: mais de 5.000 deslocados em três semanas

O ataque da última sexta-feira se soma a uma série de ofensivas recentes contra o estado de Benue, especialmente na região de Makurdi, onde mais de 95% da população é católica. Afinal apenas nas últimas três semanas, mais de 100 pessoas foram mortas e mais de 5.000 deslocadas em ataques nos distritos de Gwer West, pertencentes à mesma diocese.

Diante disso, líderes da Igreja na Nigéria têm reiterado apelos à comunidade internacional, alertando para o avanço de um plano jihadista organizado para tomar terras e eliminar a presença cristã na região.

ACRIVI e SINCODÓ prestigiam 1ª Agro Rita e 2ª edição da Caxias AgroExpo

A diretoria da Associação dos Criadores do Vale do Itapecuru (ACRIVI) e do Sindicato dos Produtores Rurais de Codó (SINCODÓ) prestigiaram mais duas feiras agropecuárias no estado do Maranhão, eventos que mostraram a força do agro em seus respectivos municípios, em suas primeiras edições. No último fim de semana, os representantes das duas maiores entidades do agronegócio do município de Codó visitaram a abertura da 1ª Agro Rita e a 2ª edição da Caxias AgroExpo. Ambos os eventos foram realizados entre os dias 26 e 28 de junho.

“Assim como fizemos no ano passado, a direção da ACRIVI e SINCODÓ se fizeram presentes em mais duas feiras agropecuárias de nosso Maranhão. Dois eventos muito importantes, que estão em suas primeiras edições e mostrando o grande potencial em suas respectivas regiões, tanto para nossa região Leste, como foi a 2ª edição da Caxias AgroExpo, quanto na 1ª Agro Rita. Eventos que só enriquecem a temporada de exposições e que recebem todo apoio do nosso governador Carlos Brandão e do Sistema FAEMA/SENAR, ajudando a fortalecer as economias locais”, destacou o presidente do SINCODÓ, Iedo Barros.

Agro Rita 2025

O município de Santa Rita recebeu sua primeira feira agropecuária, com a realização da Agro Rita 2025, realizada entre os dias 27 e 28 de junho. A iniciativa, que teve como sede a Fazenda Taça, na BR-135, reuniu produtores, estudantes, técnicos e parceiros institucionais para dois dias de intensa troca de experiências. A programação envolveu oficinas, palestras, vitrines tecnológicas, cursos de Formação Profissional Rural e encontros técnicos, com temas voltados para inovação, sustentabilidade e protagonismo no campo.

O superintendente do Senar Maranhão, Luís Figueiredo, destacou o papel do evento no fortalecimento da capacitação no campo: “A Agro Rita é um espaço onde o conhecimento se encontra com a prática. Nossa missão é ampliar oportunidades e mostrar que o agro maranhense tem muito potencial de crescimento com inovação e profissionalização”, afirmou.

2ª Caxias Agro Expo

Entre os dias 26 e 28 de junho, O Sistema Faema/Senar, o Sindicato dos Produtores Rurais de Caxias e o Sebrae foram parceiros da 2ª Caxias Agro Expo, promovendo ações de capacitação, empreendedorismo e valorização do produtor rural. A programação incluiu cursos de Formação Profissional Rural, oficinas práticas, consultorias, encontros técnicos e atividades voltadas à inclusão produtiva de mulheres no campo.

Para o presidente do Sindicato Rural de Caxias, Biné Moura, o evento consolida a cidade como polo regional. “Caxias vive um novo momento no agro. A feira é a vitrine dessa transformação e mostra a força do nosso produtor rural”.

“Estamos aqui FAEMA/SENAR, SEBRAE e Sindicatos, sempre juntos pelo agro. E com essa mesma estrutura esperamos todos na nossa 51ª Expocodó”, convidou o presidente do Sistema FAEMA/SENAR, Raimundo Coelho.

“Estamos realizando mais visitas, fazendo esse valoroso intercâmbio com municípios de diversas regiões do nosso estado. Prestigiando os eventos, encontrando com as autoridades ligadas ao agronegócio em nosso estado, conversando com os amigos produtores dos municípios, incentivando os empreendedores que estão começando, e ao mesmo tempo, buscando boas referências, encontrando com as autoridades e produtores do agro do nosso Maranhão e convidando a todos os amigos para a nossa 51ª Expocodó”, concluiu Idelfonso Barros, presidente da ACRIVI